UNITA afastada das exéquias de Boris Munbombe



A UNITA foi excluída das cerimónias fúnebres do brigadeiro Helder Emanuel Boris Eldir Mundombe, que foi a enterrar na semana passada em Luanda. A exclusão de símbolos e bandeiras partidárias no funeral foi uma exigência da família, em protesto pela última fase em que o malogrado se encontrava adoentado, sem apoios. Foi apenas aceite a presença de dirigentes que lá fossem a título individual.


Filho de imigrantes angolanos ligados à UPA, e que se juntaram à UNITA na sua fase inicial, juntamente com Savimbi, Boris Mundombe era ainda uma criança que morava na RDC, mas que depois se mudou com os progenitores para a Zâmbia, Kabulonga Bays. Fez parte da missão externa da UNITA, trabalhando na representação nos EUA e na Inglaterra, mas foi ao regressar a Angola que Savimbi o graduou a brigadeiro e o tornou seu diretor de gabinete, antes do Andulo e Bailundo.



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Estava em missão de serviço no Burkina Faso quando a UNITA perdeu estes bastiões e, a partir do exterior, ele, juntamente com o embaixador Marcelo "Karrica", eram os homens que cuidavam da logística do partido, comercialização dos diamantes, compra de armas, o que os tornou os homens mais procurados pelo serviço de inteligência externa de Angola, ao tempo do conflito armado.

 

Com o fim da guerra, voltou a ocupar o cargo de diretor do gabinete do presidente do partido, mas já com Isaías Samakuva no comando da UNITA. Teria sido afastado no início de 2009, uma ação da qual dizia ter sido vítima de intrigas internas. Incompatibilizado com a direção do partido, passou a trabalhar para o Ministério das Relações Exteriores de Angola, sendo nomeado vice-cônsul de Angola em Lumbumbashi, na RDC, cargo que ocupou até 2018. Desde então, ficou desempregado, adoentado, acometido por um AVC e desligado da vida política e diplomática. Contava 66 anos de idade.

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