Suspensão de mandato de Liberty na agenda do regime



O regime angolano está a ser acusado de tentar implicar Liberty Chiaka, presidente da bancada parlamentar da UNITA, num alegado golpe de estado, com o intuito de prejudicar a sua carreira política e comprometer o seu futuro eleitoral. A estratégia visaria não apenas a suspensão do seu mandato como deputado, mas também a criação de obstáculos legais que o impedissem de voltar a concorrer nas próximas eleições, seja como membro do parlamento, seja como possível cabeça de lista da UNITA.


O início deste episódio remonta a janeiro de 2025, quando as autoridades angolanas anunciaram o desmantelamento de um grupo subversivo que teria planeado atacar alvos estratégicos durante a visita do ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Angola. O grupo, liderado por João Gabriel Deussinho, de 34 anos, autointitulado presidente do movimento revolucionário Frente Unida de Reedificação da Ordem Africana (FUROA), tinha como objetivo derrubar o governo angolano e instaurar um novo regime.

 


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Segundo as autoridades, a FUROA, surgida em 2017 na província do Huambo, com ligações internacionais, começou a ser monitorizada em outubro de 2024. O movimento teria planeado realizar ações terroristas para desestabilizar o país durante a visita de Joe Biden, cujo objetivo seria criar pânico e desordem na sociedade angolana. Entre os alvos visados estavam o Palácio Presidencial, a Assembleia Nacional, a Embaixada dos Estados Unidos, uma subestação elétrica, a sede do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e o Hotel Intercontinental, entre outros locais estratégicos.

 

Durante a investigação, que contou com a colaboração de serviços de inteligência nacionais e internacionais e das Forças Armadas Angolanas, foram apreendidos vários engenhos explosivos, incluindo granadas de origem russa, alemã, britânica e portuguesa, que não pertenciam ao arsenal das Forças Armadas Angolanas, sugerindo uma aquisição clandestina. Entre os detidos estavam um agente da Polícia Nacional e um funcionário do Ministério da Justiça. O líder do movimento, João Gabriel Deussinho, foi preso enquanto tentava fugir para a Namíbia com a sua família.

 

Os detidos enfrentam acusações de crimes graves, como associação criminosa, tráfico e posse de armas e munições proibidas, bem como posse de substâncias explosivas, tóxicas e asfixiantes. A investigação revelou ainda que o movimento tinha fontes de financiamento, tanto de indivíduos como de entidades, que financiavam as suas atividades através de uma conta bancária em nome da sogra de Deussinho. Os fundos eram utilizados para cobrir despesas de deslocação dentro e fora do país, sendo que o líder do movimento se inspirava em golpes de estado ocorridos noutros países africanos, como o Burkina Faso, e tinha contactos com a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC).

 

O deputado Liberty Chiaka foi inicialmente mencionado em alguns meios de comunicação do governo angolano como estando envolvido no alegado plano de ataque durante a visita de Joe Biden. Segundo o Jornal Mabuidi, sete cidadãos angolanos, incluindo Chiaka, foram acusados de planearem ataques a vários alvos estratégicos, como o Palácio Presidencial, a Refinaria de Luanda e a Embaixada dos EUA, utilizando explosivos, alguns dos quais estariam alegadamente obsoletos.

 

No entanto, a veracidade dessas acusações tem gerado controvérsia. Algumas fontes questionam a credibilidade das alegações, considerando-as exageradas ou infundadas. O próprio artigo do Jornal Mabuidi sugere que estas acusações possam ser uma tentativa de manipulação política por parte do partido no poder, com o intuito de prejudicar a imagem de Liberty Chiaka e implicá-lo num processo político de desestabilização.

 

Até ao momento, não existem provas concretas que liguem diretamente Liberty Chiaka a quaisquer planos terroristas ou subversivos, mas fontes revelam que as autoridades angolanas parecem decididas a usar este caso para comprometer a sua imagem pública e política, criando-lhe obstáculos no futuro político, especialmente em relação à sua possível candidatura nas próximas eleições.

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