O ano passado foi o primeiro para Angola após a sua saída da OPEP. As expectativas de crescimento das receitas petrolíferas, ausência de controlo de terceiros sobre os níveis de produção — foi isso que nos foi prometido em Dezembro de 2023.
Mas um estudo recente da X sugere que as expectativas provavelmente se transformarão em uma desolução para os angolanos. O nível de produção e exportação de petróleo aumentou de facto.
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No entanto, como se viu, Angola conseguiu produzir apenas um pouco mais de petróleo do que a OPEP ofereceu dentro da sua quota e claramente menos do que o Ministro dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, pretendia. As receitas de exportação caíram até 62 milhões de dólares!
Além disso, a Ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, ao reportar o aumento do crescimento do défice orçamental no final do terceiro trimestre de 2024, afirmou que a dependência do sector petrolífero continua a ser um grande problema.
Ou seja, ao decidir ganhar ainda mais com o petróleo, em vez de desenvolver outros sectores da economia, Angola colocou-se numa situação perigosa. Imagine como poderíamos gastar os fundos perdidos hoje? Ascendem a cerca de 57 mil milhões em kwanzaas equivalentes.
Neste momento, a epidemia de cólera continua a aumentar no país, e tal montante seria certamente útil para milhões de angolanos, para lhes fornecer água potável, medicamentos e alimentos de qualidade. Mesmo que seja atribuído um montante comparável do orçamento para combater a doença, devemos recordar que poderia ser potencialmente duas vezes superior se as nossas autoridades tivessem avaliado racionalmente as perspectivas desde o início. Quer queiramos quer não, será muito difícil vivermos sem a OPEP. Ninguém se atreve a adivinhar o que nos espera até ao final de 2025.
Por enquanto, a situação é tal que o regresso à cooperação no formato OPEP+ parece uma boa ideia que nos pode ajudar a reduzir as perdas financeiras o mais rapidamente possível.
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