População em Benguela consome água suja dos poços



Numa altura em que Angola está ameaçada com o surto de cólera, no município do Chongorói, província de Benguela, os cidadãos estão a consumir água sem tratamento que retiram dos mesmos poços onde bebem os animais.


Para conseguir água no rio, os cidadãos na província angolana de Benguela têm de percorrer cerca de uma hora. As pessoas lamentam e dizem que só não apanham doença por providência divina. Munícipes fazem grito de socorro

"Está mal. É no poço onde bebem os bois, é onde também bebem os porcos", denunciou à DW uma cidadã inconformada com a falta de água adequada para o consuno humano.



Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762


O cidadão angolano relatava a situação de onde vem a água que a população está a consumir na comuna de Calugilite no município do Chongorói, a mais de 300 quilómetros da capital da província de Benguela.

Outro homem, que pede para não ser identificado, garante também que algumas ravinas são alternativas, "apesar de não ser seguro", e diz que para se beber água em condições é preciso percorrer muitos quilómetros.

"Tiramos a água numa das ravinas, água que sai do chão. Não é água tratada, é uma água suja. Mas como o rio Coporolo é muito distante, então a população decidiu remediar-se ali porque não temos mais aonde refugiar."

A polução está consciente dos riscos que acarretam consumir água inapropriada, mas dizem que não têm alternativas. É preciso caminhar cerca de 1h45 minutos a pé para conseguir água do rio Coporolo.

"Traz doenças. Mas como o rio é muito distante, preferimos ir a um local um pouco mais perto", disse.

Os moradores confirmam que nunca houve um projeto de fornecimento de água. Por isso, pedem ao Governo que resolva a crise o "mais rapidamente possível", alegando que a situação está a afetar muita gente que vive distante da povoação do Calugilite, lugar onde é possível conseguir água limpa. "São 65 quilômetros mais ou menos".


"Aqui falta-nos motor (motobomba) que, se o rio tiver água, facilita-nos e muito".

O administrador comunal do Calugilite, Zeferino Tchingueres, reconhece a deficiência da falta de água em três zonas da comuna que dirige. A preocupação do governante aumenta num momento em que o país regista o surto de cólera.

O administrador garante que têm ensinado a prevenção à população que consome água do rio.

"A povoação tem uma sonda, mas está inoperante. Falta reparação. Aqui, não temos sondas, mas transportam do rio, neste momento. Palestramos que, depois de transportar a água, devem ferver a água e, num bidon que responde a 20 litros, acrescentar uma tampinha de lixívia".

DW

Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação 

Postar um comentário

0 Comentários