Grupo Noble envolvido em esbulho de terras com apoio do poder judicial



O empresário indiano Nazim Charania, presidente do Conselho de Administração do Grupo Noble S.A., está a ser acusado de liderar um esquema milionário de esbulho de terras em Angola, que conta com a cumplicidade de advogados, juízes, funcionários do Governo e membros da Administração Pública.

Segundo denúncias recebidas pelo Imparcial Press, o grupo, que controla as empresas como Angomart S.A., Prince Farma, Sanzi Moto e Zeepack Angola, tem orquestrado um verdadeiro ataque silencioso contra camponeses angolanos, apropriando-se ilegalmente das suas terras através de falsificação de documentos e corrupção de magistrados.




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A rede criminosa liderada por Nazim Charania começa com a identificação de terrenos férteis e a análise da documentação dos legítimos proprietários. A seguir, são forjados documentos falsos, replicando os registos autênticos, mas com datas e informações ligeiramente alteradas.

Estes documentos falsificados são então entregues a um escritório de advogados, cúmplices, que entra com acções judiciais reivindicando a propriedade das terras.

A grande arma do esquema é o controlo do sistema judicial. De acordo com as denúncias, os advogados subornam magistrados e procuradores do Ministério Público, garantindo decisões judiciais fraudulentas que favorecem o Grupo Noble.

Fontes internas revelam que Nazim Charania se gaba abertamente de ter juízes, procuradores e até altos responsáveis do Ministério do Interior no bolso.

Mas o que mais impressiona é que ele se apresenta como amigo pessoal do Presidente João Lourenço, o que lhe garantiria protecção total contra investigações e eventuais processos judiciais.

Entretanto, as vítimas do esquema, em sua maioria camponeses e cidadãos humildes, são despejadas à força, sem direito a defesa ou indemnização. Quem tenta resistir ou denunciar sofre ameaças e represálias, tornando esta uma máfia do esbulho de terras nunca antes vista em Angola.

Recentemente o Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFl) recomendou ao Governo angolano medidas urgentes para garantir maior transparência e celeridade no sistema judicial.

Imparcial Press


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