Cansados dos aumentos dos preços dos angolanos no corredor do Lobito, os congoleses desistem e arrajam outras soluções. O CEO do grupo português Mota-Engil assinou esta quinta-feira no Dubai uma parceria com a DP World para a construção de um terminal no Porto de Banana, na República Democrática do Congo. O contrato, que será o primeiro neste mercado, é de 230 milhões de euros.
À construtora Mota-Engil assinou, esta quinta-feira, no Dubai, um acordo com o Grupo DP World para a construção de um novo terminal de contentores e carga geral no Porto de Banana, na República Democrática do Congo (RDC). Segundo a empresa, o acordo celebrado “estabelece a execução de trabalhos de dragagem para permitir uma navegação segura até à nova linha de atracação, num cais que terá um comprimento total de 600 metros, preparado para receber os maiores navios do mundo, dos quais 400 metros serão para movimentação de contentores e 200 metros para carga geral”.
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O projeto conta com a criação de uma área dedicada à movimentação de contentores, inicialmente com uma capacidade anual de 450.000 TEUs (Twenty-foot Equivalent Units, em inglês, medida correspondente a um contentor). A infraestrutura incluirá, ainda, um acesso rodoviário de ligação à infraestrutura existente, além de “novos edifícios portuários, oficinas e outras instalações”.
O projeto está avaliado em cerca de 250 milhões de euros, indicou a Mota-Engil em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Num comunicado enviado esta quinta-feira, a Mota-Engil diz considerar que estes investimentos irão “reduzir custos operacionais” e ajudarão a reforçar “a competitividade da RDC como um relevante dinamizador do comércio no continente africano”.
Esta não é a primeira vez que a construtora portuguesa celebra um contrato semelhante com a DP World. Em 2021, a Mota-Engil ganhou a obra de expansão do Porto de Callao, no Peru, através da sua subsidiária no país. Neste caso, o contrato rondou os 200 milhões de dólares, segundo a Agência Lusa.
“Depois de termos desenvolvido a construção de um projeto para a DP World no Peru, a parceria que hoje estabelecemos para um novo projeto na República Democrática do Congo revela o reconhecimento e a confiança que um dos maiores operadores portuários a nível mundial tem na Mota-Engil”, disse em comunicado Carlos Mota Santos, presidente executivo da construtora nacional.
Presente na cerimónia, Sultan Ahmed bin Sulayem, CEO da DP World, também enfatizou a importância do projeto e da negociação com a Mota-Engil. “Ao estabelecer uma parceria com a Mota-Engil, estamos a assegurar que esta infraestrutura de classe mundial é construída de acordo com os mais altos padrões, promovendo o crescimento económico e criando oportunidades para o povo congolês.”
Expresso
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1 Comentários
Até o momento, não há informações públicas que indiquem que a República Democrática do Congo (RDC) tenha desistido do Corredor do Lobito. Pelo contrário, a RDC tem demonstrado interesse em utilizar essa rota para exportar seus minérios, aproveitando as vantagens competitivas oferecidas pelo corredor.
ResponderExcluirO Corredor do Lobito é uma iniciativa estratégica que conecta as regiões sul da RDC e noroeste da Zâmbia aos mercados globais através do porto do Lobito, em Angola. Esse projeto visa facilitar o transporte de bens e promover o desenvolvimento econômico na região.
Além disso, em janeiro de 2023, Angola, RDC e Zâmbia assinaram um acordo para a criação da Agência de Facilitação do Trânsito do Corredor do Lobito, com o objetivo de harmonizar políticas e melhorar a eficiência do transporte de mercadorias entre os três países.
Portanto, com base nas informações disponíveis, não há indícios de que a RDC tenha abandonado o Corredor do Lobito; ao contrário, as evidências apontam para um compromisso contínuo com o desenvolvimento e utilização dessa importante rota comercial.