Caso “Dino e Kopelipa”: interrupções do julgamento é estratégia da defesa, diz analista



De acordo com o cientista político Eurico Gonçalves, durante o julgamento dos generais Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” e Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino” serão verificadas algumas interrupções, com realce as de solicitações da defesa, “o que explica como estratégias adoptadas pelos advogados, por uso de uma defesa ampla com recurso a meios materiais e processuais para alcançar a nulidade das acusações”.
Em causa, está a decisão do Tribunal Supremo em interromper o julgamento do caso dos antigos homens de confiança do ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, por falta de tradutor de mandarim para o arguido chinês.

 

“O julgamento que envolve os generais Manuel Hélder Vieira Dias Júnior, Leopoldino Fragoso do Nascimento e algumas empresas chinesas é uma demostração do combate à corrupção”, disse o especialista.


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Apesar dos possíveis adiamentos e contornos, Eurico Gonçalves levantou a possibilidade de existir condenações por fazerem parte do destino dos julgamentos.

 

“O Ministério Público enquanto acusador e na qualidade de órgão do Estado angolano que visa defender os interesses do estado, a justiça, interesse da sociedade e os actos públicos está interessado no processo judicial penal, logo, o tratamento do julgamento pode assegurar a administração da justiça imparcial com provas aceitas pelo juiz”, avançou.

 

Em função das figuras envolvidas, o jurista Manuel Cornélio considerou mediático o julgamento dos generais Kopelipa e Dino, por entender que a ausência de tradutor demostra uma vulnerabilidade ou fragilidade no tratamento do processo, o que coloca em questão a instrução preparatória.

 

“Isso mostra que a essa instrução não foi ouvido, e se foi ouvido o mesmo intérprete que ajudou a traduzir as palavras seria o mesmo que estaria no processo, como não houve, presumimos, que só hoje conseguiu-se um interpretar para tradução”, assegurou.

 

A falsificação de documentos, bem como a associação criminosa, compõem processos complexos, por isso, o jurista admite tratar-se de “um caso difícil de provação”. No entanto, Manuel Cornélio apelou ao tribunal “a levantar uma justiça em nome do povo para devolver a confiança que a população tem ao sistema judicial angolano”.

 

Para efectivação do caso “é necessário que o Ministério Público tenha provas suficientes a fim de que os arguidos sejam responsabilizados”, disse.

 

Recordar que o Ministério Público acusou os generais Dino e Kopelipa de vários crimes, como tráfico de influências, branqueamento de capitais, falsificação de documentos, associação criminosa e abuso de poder.

Correio Kianda


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