Paz no Congo; Um sonho apenas da cabeça de João Lourenço - Domingos Bento



Angola voltou a condenar, no início desta semana, a ocupação do território de Masisi, província do Kivu-Norte, leste da República Democrática do Congo (RDC), pelo movimento 23 de Março (M-23), uma acção que considera "irresponsável" e que compromete gravemente os esforços de pacificação do conflito que já matou centenas de pessoas.

A condenação de Angola caiu como um desespero de quem tudo faz para o estabelecimento da paz naquele país vizinho, mas que, porém, todo esforço tem se traduzido num claro fracasso.

Das várias cimeiras tripartidas de Luanda, entre a RDC, Angola e Ruanda, às visitinhas  de Félix Tshisekedi, que vem sempre se queixar e acertar com o Presidente João Lourenço, campeão da paz em África, os expedientes para o fim das malícias no Congo continuam a ser um claro esforço para alcançar o vento, o que demonstra, claramente, que a paz naquele país é um sonho que só está na cabeça do Presidente angolano.



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E a ocupação, esta semana, do território de Masisi, veio, uma vez mais, demonstrar que os acordos e encontros de Luanda não têm tido qualquer relevância quer para os líderes do M-23 assim como para o Ruanda, que é acusado de ser o principal financiador do grupo de rebeldes,  com o o seu Presidente, Paul Kagame, à cabeça.

Aliás, a atitude de Paul Kagame, em banalizar e não marcar presença nas várias cimeiras de Luanda, sendo, a de Dezembro último, um dos exemplos, demonstra isso mesmo; desinteresse. E, como se diz popularmente, quando um não quer, dois não avançam.

Portanto, a guerra no Congo dura há mais de 30 anos, com o leste da RDC a ser devastado por combates entre grupos armados locais e estrangeiros, que remontam às guerras regionais da década de 1990. Para a sua resolução, Angola, por mais boa vontade que tenha, não vai conseguir dar a paz definitiva ao país vizinho.

O Presidente João Lourenço deve fazer um esforço redobrado de conseguir convencer o seu homologo do Ruanda, Paul Kagame, e agregar outras potências e organizações internacionais à mesa das negociações. Do contrário, todo reconhecido desempenho de Angola será um esforço para alcançar o vento e com todas as dores de cabeça inerentes deste dossier que vai dando sinais claros de fracasso, sobretudo, agora, que João Lourenço vai assumir, no final deste mês, a presidência da União Africana e que já ligou os intermitentes do seu novo desafio que será a paz no Sudão.

Domingos Bento- jornalista

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