O candidato presidencial Venâncio Mondlane foi surpreendido com a retenção do seu passaporte pelos serviços de migração no Aeroporto Internacional de Maputo, na manhã de ontem, 9 de janeiro de 2025. Mondlane, que desembarcou por volta das 08:20, estava sob forte vigilância e medidas de segurança na área do aeroporto.
Dinis Tivane, assessor de Mondlane, expressou sua indignação em uma publicação no Facebook, criticando a ação do governo como uma tentativa de intimidação. “Mais uma prova de que estes estão sem argumentos para a avassaladora caminhada do Presidente Eleito pelo Povo”, afirmou Tivane, questionando a justificativa dos serviços de migração de que o passaporte de Mondlane não era reconhecido devido à sua renúncia ao Estatuto de Deputado, a qual considerou infundada.
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Tivane também levantou preocupações sobre a forma como a retenção foi realizada, comparando o tratamento de Mondlane ao de ex-presidentes como Armando Guebuza e Joaquim Chissano. “Claramente, querem intimidá-lo. É como quem diz: ‘estamos a reter-te em Moçambique’”, disse.
Paralelamente, o Ministério Público abriu processos contra Mondlane, acusando-o de ser o autor moral de manifestações que, segundo as autoridades, resultaram em prejuízos significativos, incluindo a destruição de infraestruturas públicas na província de Maputo, avaliados em mais de dois milhões de euros. No entanto, o Tribunal Supremo já havia declarado que não existe mandado de captura emitido contra o candidato.
Essa situação acirra ainda mais as tensões políticas em Moçambique, onde a contestação aos resultados das eleições gerais continua a aumentar, especialmente entre os apoiantes de Mondlane.
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