COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA - O GRANDE DILEMA DE CHIVUKUVUKU E ADALBERTO COSTA JÚNIOR TENDO EM VISTA O EMBATE ELEITORAL DE 2027



Nota Prévia: Cito tão somente o Mano Beto e o Tio Chivuku pelo facto dos mesmos constituirem-se nos principais líderes da oposição política em Angola, porém nada obsta que a abordagem seja extensiva aos demais player que despontam no cenário político angolano em oposição ao regime suportado pelo MPLA, partido no poder desde 1975.


1. É facto e ponto mais do que assente que do ponto de vista da acção política, modus operandi e sobretudo da arregimentação discursiva que nos levará ao pleito eleitoral aprazado para 2027 os líderes das forças políticas na oposição, contrariamente aos pleitos anteriores, têm a essa altura uma diminuta margem de manobra respeitante ao cometimento de erros, pelo que improvisos, discursos irresponsáveis e aventureiros, despidos de coerência, desajustados ao cenário político actual é o que menos se podia esperar dos atores políticos de proa que compõem o núcleo duro da oposição política em Angola.


2. Dito d'outro modo, a julgar por uma série de factores conjunturais, os discursos a serem proferidos pelos líderes dos mais diversos partidos políticos na oposição devem a todo instante estar alinhados a todo um conjunto de factores assentes em factos e indicadores sócio-políticos de vária ordem a serem determinados pelos ventos políticos actuais, extensivos aos que nos levarão a 2027, ou seja, a julgar pelo índice de saturação generalizada patenteado pelos angolanos todo e qualquer discurso político que estiver desalinhado aos supremos anseios político-eleitoral do povo angolano trará para a força política e para o líder em questão duras consequências em 2027 traduzida numa retumbante penalização popular no acto de exercício do direito ao voto.


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Nota: Concordo integralmente com o Dr. Adriano Abel Sapiñala quando dizia que: "A essa altura o espaço político angolano está quase que completamente preenchido pelo MPLA e a UNITA, pelo que o surgimento de uma eventual terceira via além de traduzir-se num processo bastante complexo, teria diminuta margem para afirmar e consolidar-se".

Eu, Smith Chicoty, vou mais longe, dizendo que se as eleições gerais fossem hoje as mesmas consolidariam em Angola um sistema bipartidário perfeito, nos termos do qual a UNITA (na dianteira/vencendo) e o MPLA juntos "engoliam" "numa boa" mais de 95% dos votos validamente expressos sufragado nas urnas, sendo por outro lado a ABSTENÇÃO* a terceira força mais votada, todavia acredito que não obstante o cenário acima descrito, se adoptado um modelo comunicacional eficiente e que sobretudo vá de encontro aos mais diversos anseios do povo angolano nada obsta que possa surgir uma terceira força política podendo fazer uma "gracinha" em 2027.


3. Enquanto especialista não me restam dúvidas de que o campo do alinhamento comunicacional* será desde os dias de hoje até 2027 o principal reduto de disputa eleitoral, a tempo inteiro, a julgar pelos indicadores tecnicamente colectados pela Media Solution (firma da qual sou sócio fundador), pelo que todo e qualquer deslize no campo da comunicação política acarretará drásticas consequências para o partido em causa e o seu respectivo Cabeça-de-lista podendo algumas das consequências ser de impossível reversão.


4. Enquanto especialista não tenho dúvidas de que mais do que nunca é chegada a hora das mais diversas forças políticas na oposição deixarem de trabalhar, tal como se pode dizer na gíria avuvulay, isto é, as cegas do ponto de vista do alinhamento dos discursos políticos, dentro de uma perspectiva eminentemente técnica, cujo público alvo seja os quadros e as massas.

Urge portanto que a todo instante técnicos especializados auxiliem os partidos políticos, do qual avultam os seus respectivos líderes em processos preparatórios tentendes a uma arregimentação discursiva coerente, lógica, eficiente, moderna e atrativa, oportuna e sobretudo adaptadas ao tempo, ao espaço político e à dinâmica social actual, aliás é assim que funciona em outras latitudes, sob pena de determinados tiros discursivos saírem pela culatra, feito golo marcado na própria baliza, a exemplo do que sucedera muito recentemente com o PRA-JA - Servir Angola.


5. Para terminar, tomo como protótipo actual de ineficiência e extemporaneidade discursiva o Dr. Abel Chivukuvuku, Líder do PRA-JA - Servir Angola, cujos discursos actuais mais se parecem com os patenteados ao tempo do surgimento da CASA-CE, no longínquo ano de 2012, um modus operandi discursivo que demonstra-se completamente desajustado ao contexto político actual em razão das inúmeras transformações de vária ordem que se registaram no cenário político nacional e até mesmo externo, pelo que uma urgente redefinição do tiro discursivo requer-se sob pena de os objectivos estratégicos por atingir estarem desde logo comprometidos, quiçá, em última racio alcançados de modo deficitário.

Analogia Lógica: A essa altura, Chivukuvuku teimosamente pauta por uma arregimentação em matéria de comunicação feito um técnico informático que em pleno ano de 2024 tenta convencer os jovens angolanos de que o telefone Nókia de Lanterna (um sucesso no início do Século) é actualmente melhor, mais útil, mais funcional e sobretudo mais moderno que o IPhone 15 Pró Max.

• Smith Adebayo Chicoty - Consultor Jurídico-Político e Especialista em Comunicação Estratégica;

• Em Luanda, aos 11 de Janeiro de 2025.


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