Uma denúncia recebida pela redação do Lil Pasta News revela um cenário preocupante de violação de direitos trabalhistas e condições deploráveis no Supermercado Arreio, também conhecido como Super Hello, com diversas unidades em Luanda. Um funcionário, que preferiu manter o anonimato por medo de represálias, descreve um ambiente de trabalho marcado pela exploração, desrespeito à legislação trabalhista e total descaso com a saúde e o bem-estar dos empregados.
De acordo com o denunciante, as leis trabalhistas angolanas são sistematicamente ignoradas pela administração do supermercado. Apesar da legislação que proíbe jornadas prolongadas em pé, os funcionários são obrigados a trabalhar entre quatro e nove horas ininterruptas, resultando em sérios problemas de saúde, como dores crônicas nas costas e infecções urinárias. A ausência de subsídio de saúde agrava ainda mais a situação.
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O relato inclui a prática ilegal de trabalho não remunerado além do horário, sob a ameaça de demissão caso os funcionários reclamem. A assinatura do contrato já prevê a não remuneração de horas extras, prática que, segundo a denúncia, é rotineiramente aplicada.
Outro ponto grave é a realização de descontos salariais arbitrários e injustificados. Os funcionários relatam a impossibilidade de prever o valor líquido do salário mensal, uma vez que os descontos são constantes e sem qualquer explicação, mesmo para aqueles que cumprem integralmente suas obrigações.
A denúncia também aponta a ausência de segurança armada nas lojas, apesar do manuseio de grandes quantias em dinheiro, expondo os funcionários a riscos de assalto e forçando-os, muitas vezes, a atuarem como seguranças improvisados. O denunciante sugere conivência ou influência política que impede a fiscalização das irregularidades.
O clima de medo e insegurança é evidente, com demissões de funcionários que ousaram denunciar as condições de trabalho. O silêncio imposto pela ameaça de perder o emprego impede que mais trabalhadores exponham a situação.
O Lil Pasta News apela às autoridades competentes, incluindo o Ministério do Trabalho e Segurança Social e a Inspecção Geral do Trabalho, para uma intervenção urgente, visando garantir o cumprimento da legislação trabalhista e a responsabilização do Supermercado Arreio por suas práticas abusivas. A proteção da dignidade e da saúde dos trabalhadores angolanos é fundamental, e a impunidade não pode ser tolerada. A população e as instituições responsáveis devem exigir justiça e o fim dessas práticas desumanas.
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