O Presidente Agostinho Neto quando chegou ao poder, para afastar os seus companheiros intelectuais (que o puseram lá ) do poder e os “calcinhas” das cidade, disse que a classe operária e a camponesa, é que “HÁ-DE SER E TEM DE SER A CLASSE DIRIGENTE”. Orientou, que os quadros nacionais ainda que competentes, com experiência de direção, quer no Estado ou não empresas, fossem todos afastados e substituídos por operários.
Enquanto isso, nomeou alguns camponeses como Comissários Províncias e auxiliares de enfermagem ( com 4a. classe de posto), para serem Ministros e Embaixadores). Para reforçar e "bajular", Lopo de Nascimento, enquanto Primeiro Mistro disse, que “É PRECISO QUEBRAR OS DENTES A PEQUENA BURGUESIA”, Estava instalado o POPULISMO ( poder popular ).
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O MPLA repete a única receita dos que “estranham” o poder, porque como não foram esses que tomaram a iniciativa de criar e ORGANIZAR nada, não podem por isso sentir os ideias dos seus mentores na sua fundação, sem pensar em cargos políticos ou em dinheiro. Nunca , nem em sonhos, os " carneirinhos" bajuladores, imaginaram ter tanto poder, nem tanto dinheiro.
Os intelectuais fundadores e seguidores do MPLA, foram os ingênuos que eles encontraram nas cidades, que galvanizarsm a população e que os levaram ao colo, para depositá-los sentados na cidade alta.
No MPLA, os que assim agem ou agiram , saíram de uma condição de vida muito precária, (sanzala sem nada, Agostinho Neto e tantos outros, quando o pastores da igrejas tal como hoje, só precisavam de saber ler e professor das missões poderiam ter 3a. classe, ou do muceque, como José Eduardo dos Santos, João Lourenço e tantos outros).
Sempre recearam a competição dos seus colegas intelectuais, cujo principal ideal foi e é a democracia (eleições), onde houvesse IGUALDADE DE TRATAMENTO.
Mais complicado ainda, foram os que são filhos de pai, mãe ou ambos pais zairenses, de família muito mais precárias e que conheceram Angola já adultos, com hábitos e costumes completamente diferentes da cultura e tradições angolanas. A influência da colonização belga não ajudou, porque nunca se misturaram com essa população, como os portugueses fizeram em Angola.
A existência de classes sociais, não é contraditória com o bem estar social de todo o povo, (não se tem de discriminar ninguém por mais pobre ou mais rico). Afinal, foram os intelectuais, que fundaram o MPLA e que abandonaram o seu conforto e os seus previlégios, para arriscar perder tudo o que já tinham. Hoje chegamos a triste conclusão, que o colono negro oriundo da classe operária e camponesa, é muito pior do que o colono branco, a quem continua a submeter-se, porque não gosta de se esforçar.
Quem não tinha nada não arriscou nada e teve sempre de ser empurrado (incluindo recrutamento forçado), porque sempre foram com medo e cobardia . E' vergonhoso, num país com guerra durante 28 anos, em que até as mulheres eram obrigadas a prestar serviço militar, no MPLA, muitos dos seus dirigentes nunca fizeram serviço militar e, até haja quem tenha passado de informante da Segurança de Estado, ou de fiel de armazém a General das FAA.
Por isso, embora não devesse haver limites de idade para ser dirigente Partidário ou no Associativismo, não existe nada de novo, na substituição de velhos companheiros por jovens no BP, ou no CC do MPLA, depois do 25 de Abril.
Agostinho Neto , preparando a entrada em Angola, indicou para o BP entre outros, Ambroise Lukoki , José Eduardo dos Santos , Carlos Rocha " Dilolwa", Lopo do Nascimento, “Onambwe”, que tinham 33 anos de idade, numa altura em que o BP tinha apenas 11 membros efectivos e 2 suplentes. Agostinho Neto, também nomeou para o seu Executivo mais 8 ( sete ) Ministros na casa dos 30 a 33 anos, ( Saydi Mingas ( Ministro das Finanças), Carlos Fernandes ( Ministro da Agricultura) , Benvindo Pitra ( Ministro do Comércio Externo), Bento Ribeiro " Kabulo" ( Secretário de Estado dos Transportes e Comunicações), Augusto Lopes Teixeira “Tutu” ( Industria ) Manuel Rui Monteiro ( Ministro da Informação), Resende de Oliveira ( Ministro de Obras Publicas), Alves Machado ( Ministro do Trabalho) ( 3 dos quais não eram militantes do MPLA) para além dos supramencionados 5 ( cinco ) perfazendo 13 ( treze ). Pior ainda, na Presidência da República, os seus Assessores eram estrangeiros, de nacionalidade portuguesa e inglesa, tanto era o medo de ficar sem o posto.
José Eduardo dos Santos, ele próprio aos 37 anos, rodeou-se de Assessores recém licenciados com 23 a 24 anos de idade. Na casa dos 30 anos, só estavam o Chefe da Casa Militar, Director de Gabinete (São-tomense, do seu Assessor para as Relações Exteriores São-tomense, trazido por esse e, que não tendo estudado, nem falando inglês ou francês, depois de cerca de 40 anos, mantém-se no mesmo cargo). O mais velho, na casa dos 40, era apenas o seu Secretário. No seu Executivo, JES teve vários Ministros na casa dos 20 e dos 30. O mais novo de todos foi o Ministro Alves Sobrinho, que foi Ministro do Comércio Externo. Todavia, como nunca é bom exagerar na receita, JES, ao recear ser engolido pelas cobras que criou, cometeu o maior erro da sua vida, ao indicar um candidato a sua sucessão que segundo ele, concordava com tudo, ou ficava sempre calado, em vez de promover a democratização do Partido.
O MPLA tem todavia o resultado pretendido, uma vez que, os dirigentes do MPLA na sua maioria, são provenientes da classe operária e camponesa, funcionando quase como num sobado, que temem ser punidos ficando sem emprego, ou sem poder continuar a "acumulação primitiva de capitais”, que convenceram JES a fazer já pensado em engoli-lo depois. Os que ficaram, comem até se for preciso veneno, na mão de qualquer líder imposto para manter ou obter mais previlégios. Já dizia o velho ditado "quem se mistura no farelo, acaba no focinho dos porcos”.
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