Funcionários Denunciam Salários Milionários na TAAG: PCE da Empresa Ganha Mensalidades 60 milhões de Kwanzas

 


Uma denúncia recebida pela redação do Lil Pasta News, assinada por funcionários da TAAG - Angola Airlines, revela uma situação alarmante de discrepância salarial na companhia, que, apesar de ser uma sociedade anônima, tem o Estado como único acionista. Essa condição torna a empresa um ativo do povo angolano, levantando questões sobre a gestão e responsabilidade social.


Os trabalhadores expressam indignação ao compararem o atual cenário com os anos anteriores, quando havia um maior equilíbrio socioeconômico em Angola. A denúncia destaca os salários exorbitantes pagos à alta administração da TAAG em um momento de crise econômica e social. 



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Os números são chocantes: o Presidente do Conselho de Administração, Antonio Santos Domingos, recebe 57 milhões de kwanzas por mês, enquanto o Presidente Executivo, Nelson Rodrigues de Oliveira, ganha 60 milhões de kwanzas. Os administradores executivos, incluindo expatriados, recebem 45 milhões de kwanzas cada um, e os administradores não executivos auferem 35 milhões de kwanzas mensais. Esses valores foram duplicados recentemente, sem considerar os diversos subsídios e regalias adicionais.


A denúncia questiona a falta de patriotismo e responsabilidade coletiva, apontando que, em um país onde muitos enfrentam miséria e dificuldades, esses salários são uma afronta. A situação é ainda mais crítica considerando que o governo enfrenta desafios para pagar os salários de trabalhadores da função pública e das forças de defesa e segurança.


Os funcionários criticam a ausência de fiscalização por parte do Ministério das Finanças, do Tribunal de Contas e da Procuradoria Geral da República, afirmando que a falta de escrutínio permite que esses abusos continuem sem consequências. A indignação é palpável, e muitos trabalhadores se sentem desmotivados e sem esperança, enquanto a deterioração dos serviços da companhia se agrava.


A situação levanta uma questão fundamental: até quando a impunidade e os privilégios continuarão a prevalecer, enquanto o povo angolano sofre as consequências de uma má gestão e de uma política salarial injusta? A TAAG, como ativo do Estado, deve ser responsabilizada e reorientada para servir verdadeiramente aos interesses da população.


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