O antigo dirigente do MPLA, Fragata de Morais, disse não espero nada com a realização do VIII Congresso Extraordinário do seu partido, uma vez que estes tipos de conclaves, são convocados para analisar documentos e não aprovação. "O congresso ordinário, vamos lá dizer, é o órgão de soberania do partido. Lá é que se aprovam os documentos que forem submetidos à aprovação", sublinhou.
"Sinceramente falando não espero nada porque os congressos extraordinários estatutariamente não podem aprovar documentos. Os congressos extraordinários são para submeter ao congresso ordinário, por exemplo, as teses sobre isso e aquilo, que serão aprovadas em congresso ordinário", acrescentou o político, militante deste partido há 50 anos.
"Portanto, se nós não violarmos os estatutos do partido - espero bem que não se violem os estatutos do partido - eu, pessoalmente, não posso esperar nada em relação a isso, a não ser para estes assuntos que eu mencionei. O congresso extraordinário não tem, estatutariamente, a possibilidade de mudar, seja o que for, em relação aos estatutos do partido", apelou.
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O antigo responsável político do partido que lidera Angola desde 1975, pediu ainda para que o seus camaradas prestem mais atenção as pessoas que, efectivamente, têm dificuldades enormes ao nível da saúde, emprego e habitação. "Nós devemos analisar isso e temos aqui um bom exemplo que devemos copiar, que são os vizinhos do Índico", apontou, alertando que o que está neste momento acontecer em Moçmbique, é para tirarmos ilações.
"Portanto, eu não vejo isso. Agora, temos de olhar para todo um voto eleitoral. E aqui não estou a dizer partidário, estou a dizer eleitoral, que existem de duas, três gerações que, se não nos acautelarmos, poderemos ter um problema sério. São gerações que passam fome, que não têm emprego nem assistência médica. Essa gente, logicamente, nem que seja por "raiva", irá votar não no MPLA", avisou.
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