Nos últimos dias, algo interessante vem acontecendo na paisagem política angolana: jovens activistas, outrora desviados do seu curso original pelo poder do MPLA, começam a regressar ao seio da UNITA. Não é uma simples dança de cadeiras, nem tão pouco um fenômeno isolado. O que se vê, na verdade, é o resultado de uma estratégia política eficaz e de um discurso que volta a fazer sentido para aqueles que acreditam num futuro melhor para Angola.
O MPLA, habituado a utilizar o dinheiro público como ferramenta de cooptação e submissão, sobretudo através do Gabinete de Acção Psicológica e do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), parece ter subestimado algo essencial: a consciência política e cívica que se vem consolidando entre os jovens. Quando a UNITA, com a habilidade diplomática que a caracteriza nos últimos tempos, convenceu esses activistas de que o dinheiro que recebiam não era um presente do partido governante, mas sim dinheiro do povo — da mesma população empobrecida e esquecida —, a narrativa mudou.
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A queda de uma máscara é sempre mais impactante do que o desgaste de um rosto. O MPLA, que carrega décadas de domínio e promessas vazias, começa a dar sinais de fragmentação. O partido, outrora monolítico, hoje está rachado por disputas internas e enfraquecido pela incapacidade de apresentar soluções reais. Sentindo o chão a ceder sob os pés, o regime intensifica suas tentativas de dividir o campo oposicionista e as fileiras da sociedade civil. Activistas cívicos e partidos políticos tornam-se alvos preferenciais, numa tentativa desesperada de fragilizar a frente que representa a esperança de alternância política.
Porém, a UNITA não está sozinha. Sob a bandeira da Frente Patriótica Unida, uma aliança que simboliza a convergência de forças para a mudança, o partido liderado por Adalberto Costa Júnior conseguiu algo admirável: apresentar-se não apenas como uma alternativa ao MPLA, mas como a solução para os problemas que Angola carrega há décadas. A alternância política, defendida com vigor, tornou-se o único horizonte plausível para resgatar o país do marasmo econômico, político e social em que se encontra.
Os jovens que regressam à UNITA não o fazem apenas por ideologia ou lealdade histórica. Eles voltam porque a realidade se impõe. Perceberam que a mudança não virá pelas mãos do regime actual, que governa com olhos postos no passado. A mudança precisa de novos protagonistas, de novos compromissos, de um projecto de país onde o dinheiro do povo seja devolvido ao povo — em educação, saúde, emprego e dignidade.
O MPLA, ciente de que seu reinado já não é inquestionável, recorre ao medo, à desinformação e ao apelo financeiro. Mas os dias em que bastava lançar migalhas para calar vozes críticas parecem estar contados. A juventude angolana, especialmente os activistas cívicos, começa a dar provas de que dinheiro nenhum pode comprar sonhos de liberdade e justiça social.
No horizonte político de Angola, a UNITA e a Frente Patriótica Unida surgem como faróis de esperança, iluminando o caminho para uma alternância que, mais do que necessária, tornou-se inevitável. A diplomacia política e a paciência estratégica estão mostrando que, no xadrez do poder, os reis não caem de uma vez, mas caem. E o MPLA, ainda que relutante em admitir, sente o abalo das peças que começam a se mover em direção ao xeque-mate.
Resta saber se o regime ainda tem cartas para jogar ou se estamos assistindo, finalmente, ao despertar de um país que há muito espera ser livre.
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