Na manhã de quinta-feira, 7 de novembro de 2024, a Organização das Mulheres (OMA) da província do Uíge realizou sua 1ª Assembleia Extraordinária Provincial para eleger uma nova Secretária Executiva. O evento, que deveria ser um marco de celebração, rapidamente se transformou em um cenário de tumulto e controvérsia.
Uma Eleição Conturbada
Duas candidatas estavam na disputa: Paulina João Preto, de 44 anos, e Teresa de Almeida Canda, de 59 anos, cuja idade a desqualificava segundo os estatutos da OMA. A Assembleia foi acompanhada por um grupo do Secretariado Nacional, mas logo se tornou evidente que interesses externos estavam influenciando o processo.
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Maria Esperança Pires dos Santos, Secretária Geral Adjunta da OMA, chegou à província sem aviso prévio e começou a interferir no processo eleitoral a pedido do Secretário Geral do MPLA, Paulo Pombolo. Segundo relatos, ela foi vista intimidando a secretária provincial cessante e pressionando as delegadas a votarem em Teresa, desconsiderando as normas da organização.
Pressão e Irregularidades na Votação
Durante a votação, que começou por volta das 10h, a tensão aumentou. A Secretária Geral Adjunta destituiu a comissão eleitoral e assumiu o controle do processo, criando um clima de intimidação. Delegadas relataram que, após a contagem, mais de 50 votos estavam desaparecidos, levantando suspeitas sobre a legitimidade da votação.
Com a pressão crescente, a coordenadora da comissão eleitoral foi forçada a anunciar a vitória de Teresa de Almeida Canda, que obteve 249 votos contra 221 de Paulina. Esse resultado gerou um racha interno na OMA, dividindo as mulheres em facções opostas.
Reações e Pedidos de Anulação
As delegadas expressaram seu descontentamento com a condução do processo e pediram a intervenção das instâncias superiores do partido. Em um comunicado, solicitaram a anulação da eleição, alegando que somas significativas de dinheiro foram utilizadas para favorecer Teresa, uma candidata que, segundo as regras, não deveria ter concorrido.
A situação no Uíge levanta questões sobre a transparência e a ética dentro da OMA e do MPLA, evidenciando a necessidade de uma revisão dos processos eleitorais e a proteção das vozes femininas dentro da organização. As mulheres do Uíge esperam que suas preocupações sejam ouvidas e que a integridade da OMA seja restaurada.
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