Mulher de missionário americano assassinado em Angola suspeita de envolvimento no crime



Beau Shroyer, 44 anos, foi assassinado num "ataque violento" em circunstâncias não esclarecidas, já que nem as autoridades angolanas nem a embaixada norte-americana se pronunciaram sobre o assunto.

A mulher de um missionário norte-americano assassinado na província angolana da Huíla, em circunstâncias misteriosas, foi presa por suspeitas de envolvimento no crime, anunciou a organização religiosa à qual ambos pertenciam.

 

Beau Shroyer, 44 anos, que se encontrava com a mulher e os seus cinco filhos em Angola prestando serviços de missionário para a igreja Lakes Area Vineyard Church (LAVC) foi assassinado num "ataque violento" em circunstâncias não esclarecidas, já que nem as autoridades angolanas nem a embaixada norte-americana se pronunciaram sobre o assunto.



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Segundo um comunicado desta igreja Vineyard, uma associação  evangélica de igrejas espalhada por 95 países, assinado pelo pastor Troy M. Easton, Jackie Shroyer foi detida por suspeitas de estar ligada à morte.

 

Beau Shroyer, "foi morto num ataque violento e criminoso", segundo a mesma nota, que acrescentava que os cinco filhos do casal "estão a ser bem tratados" e que a LAVC está a trabalhar em conjunto com as organizações de missionários SIM USA e SIM Angola "para garantir que isso continue a acontecer"

 

A família mudou-se para Angola em 2021, logo a seguir ao final dos confinamentos impostos pela pandemia de Covid-19

 

Segundo um texto publicado no site da SIM USA durante o seu primeiro ano em Angola Jackie e Beau viveram na cidade do Lubango, capital da província de Huíla (sul de Angola) "concentrando-se na aprendizagem da língua local e na imersão cultural".

 

Mais tarde mudaram a família "para o meio do nada, literalmente", segundo o testemunho de Jackie, mas acabaram por regressa à cidade para chegar "às crianças negligenciadas e marginalizadas pela sociedade".

 

O texto refere que o governo angolano "doou generosamente sete acres de terra à SIM Angola" para desenvolvimento de um projeto missionário, tendo a família de Jackie e Beau assumido a responsabilidade de supervisionar este projeto, com a intenção de estabelecer um centro ministerial para jovens no terreno.

 

Na sua última publicação na rede social Facebook, datada de 24 de outubro, um dia antes de ser assassinado, Beau Shroyer relata que encontrou o jovem Maurício, um dos seus ajudantes, quando se encaminhava para o "projeto ministerial".

 

"Ele vai a pé para a escola. É algo que faz cinco dias por semana. A sua aula começa às 13 horas. Esta é uma das razões pelas quais o povo Nyaneka, que estamos a servir, é um dos grupos mais marginalizados de Angola. Não têm acesso à educação. Um dos objetivos do nosso centro ministerial é dar formação profissional a jovens como o Maurício, para que possam ter um emprego", descreve.

 

Em outras publicações, Shroyer fazia referências ao seu dia a dia como missionário, acompanhado da família, com várias fotos e vídeos.

 

Segundo a imprensa norte-americana, Beau Shroyer era um antigo polícia e agente imobiliário de Detroit Lakes, uma cidade localizada no estado de Minnesota.

 Lusa


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