JUDDY DA CONCEIÇÃO TIRA SONO NO MPLA- HITLER SAMUSSUKU



No dia da Independência, a influenciadora Juddy da Conceição decidiu celebrar sua liberdade como cidadã, compartilhando seu legítimo descontentamento com o estado de Angola. Exercendo o direito de expressão assegurado pela Constituição, Juddy vocalizou as frustrações que muitos cidadãos carregam, em face de um país onde a qualidade de vida continua a descer para a maioria. Contudo, o MPLA, em vez de ouvir a crítica, preferiu responder à maneira que conhece melhor: com difamação.


O texto difamatório preparado pelos Serviços de Inteligência e Segurança do MPLA traz à tona uma ofensiva marcada pela misoginia, pelo moralismo seletivo e pelo ataque pessoal. Chamar Juddy de “atriz da playboy” ou “serviçal de endinheirados” não apenas ignora sua trajectória profissional e seus direitos como cidadã, mas também revela a tentativa de desacreditar as críticas ao MPLA, desumanizando-a em público. O tom amnésico desta peça difamatória parece esquecer que Juddy, como qualquer cidadã, tem o direito de expressar sua opinião sobre os rumos da nação, sobretudo quando esses rumos levam a becos sem saída para grande parte da população.



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A mensagem sugere ainda que o desabafo de Juddy seria inválido devido a supostos crimes de corrupção cometidos por Joaquim Sebastião, que, além de serem uma questão judicial e pessoal, não dizem respeito ao carácter ou às acções da influenciadora. É o clássico ressuscitar boatos, desprovido de fundamentos, para fazer de conta que quem critica o MPLA deve estar comprometido com os problemas do passado. Ao ligar Juddy ao histórico de corrupção de Joaquim Sebastião, a narrativa ignora que a crítica social, ao contrário do que o MPLA quer fazer crer, não é um privilégio restrito aos “imaculados”, mas um direito inerente de todo cidadão.


Mais grave ainda é a ameaça velada, insinuando que a crítica poderia “abrir os arquivos” contra Juddy e sua família. Trata-se de uma forma de intimidação que tenta calar vozes dissidentes, através do medo e da manipulação. Este é o tipo de postura que demonstra a fragilidade de quem exerce o poder e teme ser questionado. Quem, afinal, deveria temer a abertura de arquivos: uma cidadã que expressa seu direito de opinião ou um regime que há décadas acumula escândalos, desvios de fundos, e estagnação social?


Esse tipo de resposta do MPLA lembra as práticas de regimes autoritários que transformam a denúncia em ofensa pessoal e tratam cidadãos críticos como traidores. Mas a liberdade de expressão é um dos pilares de uma sociedade justa e livre; e, por mais que tentem abafar Juddy e outras vozes, não há difamação ou calúnia que possa ocultar a insatisfação generalizada com a direção que Angola está tomando.

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