Os trabalhadores da Movicel, uma das principais empresas de telecomunicações em Angola, estão em greve há 11 meses, reivindicando salários atrasados. Contudo, a cobertura da greve tem sido censurada pela TV Zimbo e outros órgãos de comunicação social, seguindo ordens do Ministério da Comunicação.
Censura em Foco
A censura imposta sobre a cobertura da greve levanta questões sobre a liberdade de imprensa no país. Um funcionário da Movicel, que preferiu não se identificar, revelou ao Lil Pasta News que, enquanto outras empresas com atrasos de pagamento têm suas situações divulgadas na mídia, o caso da Movicel é sistematicamente silenciado. "A orientação é clara: não passar nada sobre a Movicel. A comunicação social está sob controle", afirmou.
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A Realidade dos Funcionários
Os trabalhadores da Movicel enfrentam não apenas a falta de salários, mas também a frustração com a falta de visibilidade de suas reivindicações. "Sempre haveria a possibilidade de apresentar a reportagem e, posteriormente, buscar o contraditório. Qualquer pessoa minimamente esclarecida sabe disso", comentou outro funcionário, enfatizando a manipulação da informação.
Controle Governamental
A situação evidencia o controle que o Ministério das Tecnologias de Informação e Comunicação (MINTTICS) exerce sobre a comunicação social em Angola. A censura não apenas impede que as vozes dos trabalhadores sejam ouvidas, mas também levanta preocupações sobre a transparência e a responsabilidade das instituições.
A greve dos trabalhadores da Movicel permanece em destaque, mesmo que silenciada pela mídia, refletindo um cenário de crise que exige atenção e ação das autoridades competentes.
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