...Não restando dúvidas de que para JLourenço, o até então badalado assunto em torno de uma eventual revisão constitucional, um plano de difícil concretização e até certo ponto arriscado, por meio do qual teria as portas abertas para um terceiro mandato presidencial deixou de estar por cima da sua mesa, sendo certo que a essa altura o principal cavalo de batalha de João Lourenço passou a estar essencialmente voltado a um suptil jogo do tudo ou nada, sendo este o último reduto da sua luta pela manutenção indirecta do poder, findo o seu último mandato presidencial em 2027; assente em uma revisão dos Estatutos do MPLA, já no próximo Congresso Extraordinário do Partido dos Camaradas aprazado para Dezembro, feito que uma vez logrado, traduzir-se-á no xeque mate aos Higino's, Nandó's, extensivo à cupula do MPLA como um todo, particularmente aos que à surdina e em público [a exemplo do Mais Velho Dino Matross] vêm dando claros e inequívocos sinais de que pretendem ver João Lourenço longe dos principais centros de decisão política, uma vez findo os seus mandatos em curso, tanto como Presidente da República, quanto como Presidente do Partido; dado que uma revisão estatutária bem sucedida, já agora no Congresso Extraordinário convocado às pressas para Dezembro, permitiria que JLourenço, no próximo Congresso Ordinário (Electivo) do MPLA, consumada a remoção/alteração da redação actual do Artigo 120, n° 1, dos Estatutos do MPLA, possa vir a concorrer à sua própria sucessão, num pleito em que seria árbitro e jogador ao mesmo tempo, sendo desta feita reeleito Presidente do MPLA.
Nota: Uma vez reeleito Presidente do Partido no próximo Congresso Ordinário do MPLA, tal acontecimento significaria que Lourenço, às portas das próximas eleições gerais, em 2027, será cumulativamente Presidente do MPLA e da República, com amplos, plenos e robustos poderes no momento da indicação do Cabeça-de-lista do MPLA às eleições, não restando dúvidas de que com a faca e o queijo na mão, sendo o Rei da Cocada toda, Lourenço, a seu bel prazer irá escolher a dedo o Cabeça-de-lista do Partido às eleições gerais de 2027, sendo certo que neste quesito, tal como em artigos anteriores avancei, o Homem, que também é Manuel, está a essa altura, de longe, disparado no que a projeção à calha de sucessão diz respeito.
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1. DA NOMEAÇÃO ATÍPICA DE UMA FIGURA, ESVAZIADA DE CERTOS PODERES (SIC e SME)
• A nomeação de Homem traduz-se muito provavelmente no mais atípico acto de nomeação da história política contemporânea de Angola, não restando dúvidas quaisquer de que a mesma avulta essencialmente da necessidade da prática de um brusco movimento político estranho encetado às pressas por João Lourenço, que a essa altura, correndo contra o tempo, porque caminha a passos largos para o final do seu segundo e último mandato como Presidente da República, precisava lançar o seu delfim secreto para o exercício de funções mais pesadas e verdadeiramente relevantes no aparelho do Estado, imprescindíveis para quem a partir de 2027 poderá tornar-se Presidente da República, intrínsecas ao sector de defesa e segurança, que justifiquem, lá mais para frente, em véspera das próximas eleições gerais, a sua indicação pelo Presidente do Partido (quiçá ratificado por um Comité Central completamente domesticado por JLourenço) como Cabeça-de-lista do Partido MPLA às eleições em 2027.
Nota: Em Moçambique, Armando Guebuza, então Presidente, fizera algo similar, ao nomear para o cargo de Ministro da Defesa o jovem Filipe Niusy, seu Delfim, que veio a posterior largar a Defesa para, por indicação a dedo de Guebuza ser o Candidato às presidenciais pela FRELIMO, acabando, Nyusi, por ser eleito Presidente da República.
Um detalhe não menos importante, mas que não me passou despercebido, foi que o agora eleito Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, antes de eleito, na sua passagem por Angola este ano, além de ter sido recebido por JLourenço, ao Manuel Homem foi-lhe também conferido por orientação de JLourenço um encontro no GPL com Chapo. "Em Política não Existem Coincidências...", portanto Jikula Messo!!!
• Não precisamos sequer nos dar o trabalho de rebuscar o historial de nomeações de Ministros, desde a independência até aos dias actuais para percebermos que, embora o hálibe justificativo de fundo para a nomeação seja o facto de que Manuel Homem seja quadro do SINSE, precisamos não nos esquecer de que ministérios há, que pelas especifidades próprias do ponto de vista da sua composição orgânica, dinâmica funcional e estrutural (tais como a DEFESA, o MIREX, bem como o MININT) devem ou quase sempre são dirigidos por quadros com um robusto historial intrínseco a uma carreira feita, preferencialmente de modo ininterrupto ao serviço daquele Ministério em causa, não restando dúvidas de que a nomeação de MH enquadra-se num jogo de xadrez cujas peças são suptilmente movidas por JLourenço, jogo este que pelo andar da carruagem, arrastar-se-á até à eleição do próximo Cabeça-de-lista do MPLA às eleições gerais aprazadas para 2027, cujas dúvidas não vão restando de que, pelo curso actual das movimentações de JLourenço sobre as mais diversas peças que compõem o tabuleiro de xadrez, será o jovem Manuel Homem.
2. DA GOVERNAÇÃO NA SOMBRA À ESTRATÉGIA DE JLOURENÇO EM CURSO VOLTADA AO SEQUESTRO DO ESTADO ANGOLANO AO FIM DO SEU MANDATO PRESIDENCIAL:
• Os angolanos, em especial os militantes do MPLA, aos mais diversos níveis, são chamados a travar o ímpeto e apetites políticos desnaturados do Trio da Desgraça, Terror e Fome em Angola, denominado #JMH (João x Miala e o Homem), que a cada instante se vão tornando cada vez mais ricos e empoderados, às custas da desgraça e miséria do povo, transformando angolanos genuínos em escravos na sua própria terra, cujos contentores de lixo, pelos mais diversos pontos da cidade capital transformou-se no espaço de banquete alimentar para famílias inteiras.
Portanto é por isso que Eu, Smith Adebayo Chicoty, não estou disposto a submeter-me, talvez os Nandó's e HC's estejam, mas eu não estou mesmo disposto a submeter-se a um regime cujo cabeça de cartaz seja MH, que a partir de 2027, mais não seria do que um regime de extensão das desastrosas políticas de governação engendradas por JLourenço de 2017 para cá. Portanto reitero, os angolanos são agora todos chamados a refletir sobre os gravíssimos perigos que o trio JMH representa para o País, sob pena de, quando estes consumarem o sequestro do Estado angolano regredirmos para um Estado Autocrático, pois é sem sombra para dúvidas por aí onde o trio João x Miala e o Homem nos levam a passos largos!!!
• Sinceramente, confesso que a cada dia, a cada instante coloco mais em causa a suposta intelectualidade a que tanto se referem sobre os quadros do MPLA!!!
Então os militantes e sobretudo dirigentes que compõem a reserva moral e intelectual do partido, tais como os Roberto de Almeida, Ju Martins, Mário P. de Andrade, Carolina Cerqueira, Carlos Maria da Silva Feijó, Virgílio de Fontes Pereira e compania não percebem que o jogo político de JLourenço assente em arriscadas e bruscas manobras a todo instante visando única e exclusivamente a consolidação do seu poder a qualquer custo, além de contrárias aos princípios e valores norteadores da acção do MPLA, coloca em última racio em causa a subsistência do Partido???
Portanto que hajam agora, ou que depois, uma vez consumado os estragos feitos pelo trio JMH, não venham a terreiro pedir desculpas aos militantes, extensivas ao povo angolano.
3. Para terminar, reitero, não restam dúvidas de que com a recente nomeação atípica do Homem para o cargo de Ministro do Interior, o plano de JLourenço voltado à manutenção do seu poder no período imediatamente posterior ao seu abandono do poder em 2027, por impedimento constitucional, vai ganhando forma e corpo, sendo certo que, pelo curso actual do intinerário/trajecto traçado por JLourenço as jogadas subsequentes deste jogo de xadrez que nos levam a passos largos a 2027 irão girar não muito distante do seguintes passos, actos e factos:
• Manuel Homem poderá ascender a Vice-presidente do MPLA já no próximo Congresso Ordinário, aprazado para 2026;
• Manuel Homem será em vésperas do pleito eleitoral de 2027 indicado por JLourenço (nos termos dos novos Estatutos) Cabeça-de-lista do MPLA às eleições gerais, em substituição de JLourenço que não poderá concorrer como consequência do exercício de 2 mandatos;
• JLourenço e o Miala, decerto, como consequência de um anterior acordo devidamente bordado à medida transformarão MH, a quem o poder ser-lhe-á como que dado de bandeja, num Presidente da República despido de alguns poderes no campo da sua acção político-executiva, ou seja, embora MH venha a ser Presidente da República, não restam dúvidas de que JLourenço e o Miala continuariam a controlar o modus operandi e as momeações em departamentos estratégicos do Estado tais como a Defesa, Interior, Finanças, Informação e Segurança do Estado e afins, com todos os riscos e perigos que tal cenário comportaria para a vida de Angola e dos angolanos, susceptíveis de gerar instabilidade a todo instante e a prática de g0lpes de Estado.
Nota: No primeiro comentário, um Artigo, escrito por mim, datado de 13 de Outubro de 2024, no qual trago à baila cenários mais que prováveis sobre as jogadas de JLourenço, conexos ao presente artigo.
- Smith Adebayo Chicoty - Consultor Jurídico-Político - Em Primeira Reflexão Política do Décimo Primeiro Mês de 2024, em Luanda.
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