A DIPANDA COME-SE FRITA OU ASSADA?

 


Hoje o País comemora os seus quarenta e nove anos de Independência. Abre-se a antecâmara para o glorioso cinquentenário a comemorar-se em Novembro de 2025. 

Há nove anos, eu era o director da revista NOSSA TERRA, órgão oficial do Ministério da Administração do Território. E auxiliados pela visão e o traço artísticos de Carlos Roque produzimos esta relíquia de capa, dominada pelo hastear da bandeira monumento nas celebrações do quadragésimo aniversário da independência em 2015.

Sem dúvidas que a independência é sempre a Independência. Contudo, isto não me impede de estar aqui a pensar, com os meus botões, no "sacana" do meteorito que sacudiu Angola nestas cinco décadas que nos aprestamos a celebrar. 



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Rio-me (para não chorar, é claro!) com a célebre estória dos marimbeiros de Malanje que ao receberem o primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, perguntaram-lhe: "Camarada Presidente, quando é que a independência terminará?". 

Particularmente, nunca confirmei se esse episódio ocorreu realmente ou se não passara de uma sarcástica anedota posta a circular logo aos primeiros pingos do dilúvio que se abateria sobre os angolanos. 

No entanto, posso garantir que já ouvi, por esses dias, algumas zungueiras a pretenderem saber se tal como as lambulas - que constituem o seu cardápio dia sim, dia também - a tal de independência se deve comer frita ou assada.

Severino Carlos 

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