TULINABO: A DESPEDIDA DE UM EMBAIXADOR QUE NÃO DEIXA SAUDADES- Ilídio Manuel



O embaixador dos Estados Unidos da América em Angola (EUA), Tulinabo Mushingi, esteve nesta sexta-feira, 11, na cidade Alta para se despedir de JLo, depois de ter cumprido uma turbulenta missão de dois anos e meio no nosso país.


Tulinabo foi, provavelmente, o embaixador norte-americano que foi alvo de mais críticas no desempenho das suas funções em Angola devido às suas posições em prol do regime angolano, em mais de três décadas de relacionamento diplomático entre os dois países.


Segundo a imprensa, no encontro, o embaixador em fim de mandato deu garantias a JLo de que o presidente dos EUA iria visitar Angola, cuja deslocação estava inicialmente prevista de 13 a 15 de Outubro, mas que não se concretizou, por razões que são sobejamente conhecidas.



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Antes da marcação dessa data, ele havia sido entrevistado, há coisa de três semanas, pelo Novo Jornal, sem que tivesse avançado nenhuma data da visita, tendo deixado a impressão de que não dominava o assunto ou não estava autorizado a falar sobre o mesmo. 


Quando chegou ao nosso país, Tulinabo Mushingi carregava na bagagem a fama de um diplomata impoluto e bastante sensível ao sofrimento dos seus irmãos africanos, sendo ele originário da vizinha RDC, mas com o tempo foi dando sinais de que caminhava em sentido contrário, ou tinha uma outra agenda.


Ao contrário do Departamento de Estado norte-americano que, nos seus relatórios sobre Angola, não poupava críticas ao regime angolano, acusando-o de restringir as liberdades de expressão e imprensa, assim como de reunião e manifestação, dentre outras práticas autoritárias, o embaixador Tulinabo geria a situação com pinças, ou seja, “suavizava” a situação, fugindo à abordagem dos temas, tratando-os sem a frontalidade e seriedade que os mesmos requeriam. 

No começo do seu mandato em Angola, Tulinabo emergiu numa foto, no aeroporto de Luanda, perfilado entre governantes angolanos, a apresentar cumprimentos a JLo, como se fosse um funcionário subordinado deste. Foi alvo de várias críticas porque não havia memória em 31 anos de relacionamento entre os  dois Estados um diplomata norte-americano ter baixado a esse nível de subserviência protocolar. 


O ponto mais alto do seu suposto alinhamento com o regime aconteceu em vésperas das eleições gerais de 2022, quando, numa clara demonstração de apoio às políticas governamentais, disse que em Angola só não via o desenvolvimento das políticas governamentais quem não as quisesse ver. 


Antes do adiamento da visita de Biden a Angola corria a informação no espaço público de que o embaixador cessante era contra um encontro entre o presidente dos EUA e os representantes da sociedade civil.


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