Em meio à alta de preços e escassez no mercado nacional, empresa de Adão de Almeida exporta arroz para RDC e China



A denúncia de que a Marsiris, uma empresa angolana do setor agrícola, está exportando grandes quantidades de arroz para mercados externos, como a República Democrática do Congo (RDC) e a China, está a causar controvérsias em Angola.


O país enfrenta uma alta significativa no preço do arroz, enquanto o governo tem contratado empresas para importar o produto e mitigar a escassez no mercado interno. Essa situação tem gerado críticas severas tanto de agricultores locais quanto de especialistas do setor, que veem a exportação como um contrassenso.


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A Marsiris, empresa gerida por Sónia Borges Dias de Morais Lyun, é uma das principais beneficiadas por contratos diretos com o governo para a distribuição de insumos agrícolas em todo o território angolano. O contrato, que não passou por um processo de concurso público, tem levantado suspeitas de favorecimento e gerado críticas por parte de empresários agrícolas, que afirmam que outras empresas com maior contribuição para o setor não recebem o mesmo nível de apoio.


No último ano agrícola, a Marsiris colheu mais 2 mil toneladas. O arroz de Luquembo, conhecido por sua qualidade, é, em grande parte, destinado à exportação, o que tem provocado descontentamento em um momento em que Angola ainda depende de importações para suprir a demanda interna desse alimento essencial.


Além da produção própria, a Marsiris também compra arroz de camponeses familiares da região, o que, segundo o administrador local João Baptista da Costa, citado pela Angop, tem contribuído para o combate à fome e à pobreza, ao criar empregos e movimentar a economia local. No entanto, a crítica central reside no fato de que, apesar desses benefícios locais, a maior parte da produção é exportada, aumentando a insegurança alimentar no país.


A recente entrega a empresa de mais 15 mil hectares de terras na localidade de Luquembo para expansão de suas atividades reforçam as suspeitas de tráfico de influência, dada a proximidade entre a Marsiris e figuras de alto escalão do governo, incluindo o chefe da Casa Civil da Presidência da República.


A empresa também está ligada a empresários chineses.

Com o país enfrentando um cenário de dependência alimentar externa, o aumento da exportação do arroz produzido internamente coloca em evidência as fragilidades na política de segurança alimentar de Angola e reforça as críticas sobre o favorecimento de empresas com fortes laços com governantes, em detrimento do desenvolvimento agrícola sustentável para o consumo interno.

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