DE DERROTA EM DERROTA ATÉ À DERROTA FINAL- Rui Kandove



Ter perdido as eleições, na Centralidade do Kilamba, onde maior parte dos moradores é funcionário público, já é em si preocupante, considerando toda propaganda partidaria envolvida na construção de tão importante equipamento social. Para aumentar a incredulidade generalizada, assistiu-se  à escandalosa derrota do MPLA no perimetro da Cidade Alta, mais concretamente na mesa onde o Chefe e todo pessoal próximo a ele votou.

Estavam lançados os dados em forma de alerta. A componente política da agenda de manutenção do poder tinha falhado em absoluto. Contudo, e apesar dos sinais negativos, era preciso confiar no reposicionamento da liderança, já que estava em causa os primeiros cinco anos de governação e admitia-se o tal período de adaptação. Quando se procurava entender o sucedido e acreditar na existência de uma estratégia para a inversão da tendência do voto, para espanto da maioria, o Presidente voltou a confirmar os mesmo membros do Executivo. Em tese, também eles responsáveis pelo fracasso nas eleições. Não tendo acontecido a tão imperiosa remodelação,  fica  claro que  alguma coisa estava muito errada. Possivelmente  um  planeamento estratégico falho e  um excesso de confiança traiçoeiro. 



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Consumido que está a metade do tempo destinado ao segundo mandato do Presidente começam os cálculos e  contra-cálculos. Mais recentemente o Presidente chamou a atenção pública à direção do partido em função de uma política de gestão de quadros desastrosa. Do ponto de vista político, as preocupações de um líder devem ser entendidas como orientações tácitas.  Esperava-se, por isso, correções imediatas. Nada! Poucas  semanas depois, o Governador do Zaire, Adriano Mendes de Carvalho, faz uma denuncia ao PR, no âmbito de uma visita que o Chefe do Executivo, fez àquela província. Os relatos de tráfico de combustíveis viriam a confirmar-se pela voz do Chefe   da Casa Militar do Presidente da República.

Os dois episódios narrados neste escrito seriam,  em qualquer arena política,   um aditivo para o restaurar da confiança na relação entre governo e governados, caso houvessem medidas imediatas. Uma vez mais existe a percepção de que algo no planeamento vai muito mal. E como consequência aumenta o desanimo dos militantes em particular e da população em geral. A mesma ligeireza com que se  tem gerido o desgaste da imagem doTitular do Poder Executivo, está prestes a ser transferida para a gestão do IX Congresso da JMPLA. Todo Mundo sabe que a gestão de Crispiniano dos Santos afundou mais do que ajudou o partido. Então se enquanto esteve na liderença falhou, como é que, conscientes dos colossais desafios para 2027, confia-se ao Primeiro Secretário cessante a organização do evento que pode ser curcial para a agenda de manutenção do poder? Sem desmerecer Justino Capapinha, que é o candidato imposto por  Crispiniano dos Santos e antigos membros da JMPLA, o jovem não está ainda preparado para o que vem. Aliás, insistir-se em Capapinha passa a ideia de que alguém está a levar-lhe ao colo. 

O adversário directo de Nelito Ekuikui tem de ser alguém com dimensão política aceitável, percurso profissional reconhecido, aceitação popular acima da média, em outras palavras, é preciso identicar e preparar as próximas lideranças do partido. Ora, deixar um  expediente de alta complexidade ser conduzido  por Crispiniano dos Santos, é iresponsável, negligente e até  antipatriotico.


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