1. Particularmente acho que o jovem* Manuel Homem está a fazer, desnecessariamente uma curva bastante apertada, extremamente delicada e sobretudo de elevado nível de periclosidade, que lhe poderia quiçá custar a curto-médio prazo a carreira política, tendo em conta os costumes envolvendo os metiés políticos em África, no quesito retaliações, imediatamente posterior à transição político-partidária ao mais alto nível;
2. Manuel Homem, movido por sei lá que tipo de objectivos, está, de modo pouco avisado e descuidado, a esticar a corda em demasia num momento de elevada delicadeza da história política do partido, que a breve trecho será inevitavelmente marcada por uma transição na sua estrutura directiva, ao mais alto nível, conhecendo um novo Presidente, resultante do facto de que o actual Presidente do MPLA e da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, está a essa altura, findo o mandato em curso, cumulativamente impedido de nos termos dos Estatutos do Partido [Artigo 120°, n° 1] e da Constituição da República de Angola [Artigo 110°, n° 2, b)] continuar ao leme do Partido e concomitantemente do País;
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3. As acções do miúdo Manuel Homem a mim e certamente aos mais atentos, soam a um claro acto sistemático, minuciosamente planificado de oportunismo puro, típico de gente que pretende tirar vantagens e dividendos políticos supervenientes junto do titular do poder executivo, resultante do elevado nível de instabilidade, sensibilidade e vulnerabilidade psico-política a que João Lourenço encontra-se nesse momento voltado, fruto de uma mais que evidente rejeição dos Mais Velhos do partido e quadros com elevado poder de influência e decisão de que é alvo relativamente às diabólicas pretensões de JLourenço consubstanciadas em dois pontos fulcrais:
• Forçar um terceiro mandato nas vestes de Presidente da República;
• Ou na pior das hipóteses forçar um Congresso Electivo com uma única candidatura encabeçada por um nome por si escolhido e indicado a dedo, fechando o exercício democrático no seio do partido numa altura em que os ventos políticos actuais exigem uma maior abertura interna.
Portanto João Lourenço a essa altura, infelizmente, rejeitado a vários níveis, extremamente desapoiado, abatido e fragilizado do ponto de vista psico-político, em estado de vulnerabilidade total, vê em miúdos* como Manuel Homem, Esteves Hilário, Norberto Garcia e compania um colo para consolo e alimentação de um hipotético sonho do terceiro mandato, um sonho que de resto, feito banha de cobra, o grupo de jovens supramencionados lhe estão e lhe irão continuar a vender ao limite visando obter vantagens de todo o tipo junto de JLourenço, que é necessário que se reconheça, está queimando os últimos cartuchos ao leme do Partido e da Presidência da República de Angola, situação que tem nos últimos tempos dado azo a tomada de um conjunto de decisões difusas pelo Presidente da República, um Líder instável e por conta disso cada mais maleável face aos intentos diabólicos de um grupo de miúdos* oportunistas pouco patriotas, que estão tomando de assalto alguns pontos estratégicos e decisório no sei do partido, tirando dividendos de todo o tipo.
4. Em suma, das duas uma:
a) Ou Manuel Homem é politicamente um sem noção, completamente desavisado (que não acredito que o seja porque reconheço até no Homem inteligência) ao ponto de por vontade própria auto colocar-se numa corda bamba, em vésperas de uma mais que evidente transição a espreita no Partido;
b) Ou MH sabe que o plano que tem em marcha lhe permitirá tirar dividendos políticos e económicos estratoféricos de tal modo que independentemente do que venha a acontecer no período imediatamente posterior à partida de JLourenço, possa ostentar uma posição e/ou status quo que lhe permita, tal como MV, viver a francesa, distante dos barulhos políticos em Angola, mandando lixar a me*rda toda, depois de politicamente encostado nas boxes.
Haver Vamos!!!
Smith Adebayo Chicoty, In Facto Político do Dia, Sábado, 07 - 09 - 24, Luanda - Angola.
CUMPRA-SE!!!
Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação
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