JOÃO LOURENÇO ENTROU COM MUITO AR E BEBEU XIXI DO PORCO- HITLER SAMUSSUKU

 


É intrigante observar o artigo intitulado “Criar Agora as Bases para um MPLA de Futuro”, como um exercício de malabarismo verbal para defender o indefensável. Ao lermos o texto de Ismael Mateus, é difícil não notar a tentativa persistente de encontrar um salvador em João Lourenço, atribuindo-lhe o rótulo de “líder de transição”, quando, na realidade, o que se testemunha é um prolongamento dos mesmos vícios, com uma embalagem retórica diferente.


A comparação com Isaías Samakuva e a UNITA soa, no mínimo, forçada. Se Samakuva realmente herdou um partido fragmentado e sem espaço para errar, João Lourenço herdou um país saqueado por décadas, em grande parte pelo próprio partido ao qual ele pertence. A UNITA, após um período de transição, soube encontrar sua nova liderança e readaptar-se à vida política civil. Já o MPLA de João Lourenço parece mais preocupado em se reciclar no poder do que em democratizar o país ou se auto-reformar.



Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762


A ideia de que João Lourenço é o arquiteto de um MPLA democrático e modernizado esbarra na triste realidade que todos os angolanos vivem diariamente: a corrupção continua desenfreada, as elites políticas permanecem intocáveis, e a desconexão entre o governo e o povo se aprofunda. Ismael Mateus amigo do ditador João Lourenço no seu texto até admite que os comportamentos que deveriam ser combatidos – corrupção, impunidade, nepotismo – seguem firmes e fortes. Então, onde estão essas “bases para o futuro”?


O slogan de 2017, *“Melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”*, virou piada de mau gosto. O que está bem para a elite governante, claro, foi amplamente melhorado: privilégios e contas bancárias gordas continuam a prosperar. E o que está mal? Bem, a julgar pelos resultados, corrigir os problemas estruturais da nação não parece ser prioridade. Se algo mudou, foi apenas a fachada.


Ismael Mateus amigo e conselheiro do João Lourenço tenta pintar o ditador como um reformador que, coitado, foi vítima das circunstâncias: crises internacionais, dificuldades econômicas, imprevistos de governação. Essa narrativa esconde o facto de que grande parte dessas crises foram agravadas por décadas de má gestão e políticas de saque ao erário público, com o beneplácito dos líderes que precederam e incluíram o próprio João Lourenço.


Há uma certa ironia quando o Ismael Mateus reconhece que os vícios do passado continuam, como se fosse algo inevitável, e ainda assim propõe que João Lourenço “regresse com toda a força” ao seu projecto reformador. Mas qual força? E que projecto? O tempo, para muitos, já passou, e o descontentamento generalizado com o seu governo não decorre de uma incompreensão popular, mas da ausência de reformas reais.


A sugestão final de que João Lourenço deve construir as bases para um MPLA moderno, democrático e inclusivo parece utópica. Como esperar isso de um partido que historicamente monopolizou o poder e desprezou qualquer noção de alternância? Essa tarefa é monumental demais para alguém que, em sete anos de mandato, não conseguiu nem mesmo romper com as práticas do seu antecessor.


Criar as bases para o futuro requer coragem, e talvez, essa seja a peça que falta no quebra-cabeça de João Lourenço. Um futuro verdadeiramente democrático para Angola só será possível quando o MPLA entender que sua era chegou ao fim, e que o real futuro do país passa pela abertura, pelo pluralismo e pela alternância. Até lá, os discursos seguirão vazios, e o "futuro" seguirá sendo uma promessa que nunca se concretiza.


Por *Hitler Samussuku*


Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação 

Postar um comentário

0 Comentários