Generais envolvidos no contrabando de combustíveis em Angola



O contrabando de combustíveis é um velho problema em Angola. Mas as denúncias sobre o suposto envolvimento de governantes e altas patentes das Forças Armadas Angolanas (FAA) e da Polícia Nacional são novas.

 

E surgiram na voz do ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado. "Governantes, antigos governantes, oficiais generais, oficiais comissários, oficiais de outros níveis, autoridades tradicionais, autoridades administrativas municipais e provinciais", listou Francisco Pereira Furtado, na terça-feira (03.05), avisando que as figuras identificadas deverão responder em tribunal, à semelhança do que aconteceu em casos de exploração ilegal de diamantes. "Muitos até que eram das Forças Armadas e da polícia. Perderam os seus cargos e os postos e estão a ser julgados pelos tribunais", informou ainda o ministro. Se o problema é antigo, por que razão só agora é assumido a peito pelo Governo?

 


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Para o presidente da coligação Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Manuel Fernandes, a explicação é óbvia: "Tudo só funciona quando é do conhecimento direto do líder." João Lourenço informado em agosto O Presidente João Lourenço tomou conhecimento da dimensão do contrabando de combustíveis numa reunião com o governador do Zaire, em finais de agosto. Na altura, Mendes de Carvalho manifestou a sua preocupação pelos danos que o fenómeno estava a causar na economia angolana. Nos dias seguintes, João Lourenço criou uma comissão multissetorial para combater o fenómeno.

 

Depois das denúncias de terça-feira, Manuel Fernandes diz que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve investigar. "Era importante, efetivamente, com essa denúncia, que o nosso Ministério Público agisse imediatamente responsabilizando os infratores", defende.


O jornalista José Gama entende também que, para o ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, o passo seguinte é mesmo esse: apresentar queixa à Procuradoria. "Se não o fizer pode apenas parecer que esteja a lançar foguetes ao ar e a amedrontar eventuais oficiais generais que ele tem estado a ouvir e que estarão a apadrinhar essas operações de contrabando", argumenta. Até porque, acrescenta José Gama, "quando há provas de algo eles avançam logo com um processo criminal contra os visados. Mas nesse caso, não é assim que ele está a fazer. Primeiro, vem para rua, lança as denúncias e depois aguarda que as pessoas façam pressão para apresentar queixa." Ainda assim, o chefe da Cada Militar frisou que os visados "deverão ser responsabilizados civil e criminalmente".

VOA 

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