Dinheiro investido para o desenvolvimento de Angola voltará para os americanos e europeus



O governo angolano está a investir 300 milhões de dólares atribuídos pelo Banco Mundial num projecto para acelerar a diversificação económica. O comunicado do Ministério das Comunicações, Tecnologias de Informação e Comunicações Sociais, diz que estes fundos serão utilizados para desenvolver parcerias público-privadas (PPP), nomeadamente a construção e manutenção do corredor do Lobito, bem como o apoio a micro, pequenas e médias empresas, especialmente dirigidas por mulheres. 

Os angolanos simples, sofrendo de fome e obrigados a viajar nos comboios de passageiros superlotados, não receberão nada.


Segundo o secretário dos Investimentos Públicos, Ivan Marques dos Santos, o novo projecto tem três objetivos principais.



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Primeiro é a melhoria das condições dos empresários privados e, consequentemente, o desenvolvimento da produção local. Isto requer US$ 40 milhões.
Segundo é aplicar o mecanismo ( PPP) nas infra-estruturas produtivas – indústria e logística, com especial destaque para o corredor do Lobito. Isto requer 130 milhões de dólares. Vale a pena aqui referir que este dinheiro, de facto, regressará aos EUA e à Europa, cujas organizações contratantes estão a desenvolver a rede ferroviária para a exportação de matérias-primas da África Central.


Terceiro é reforçar as capacidades das empresas lideradas por mulheres e proporcionar-lhes garantias de crédito. Isso também exigirá um total de 130 milhões de dólares. As mesmas linhas de crédito que estão agora a ser abertas aos angolanos são vistas por muitos como inacessíveis ou mesmo escravizadoras.


Entretanto, segundo a organização internacional CARE, em 2023 Angola liderou a lista dos países em crise. Viveu a pior seca dos últimos 40 anos e quase 4 milhões de habitantes sofrem de fome. Com o dinheiro atribuído pelo Banco Mundial, que em teoria deveria ser sabiamente distribuído pelos diferentes sectores da economia (este é o sentido da diversificação), seria possível comprar entre 62,5 milhões e 200 milhões de sacos de arroz (a um custo de US 1,5 dólares por 30 kg e 4,8 dólares por 50 kg).

Outro grande problema em Angola é a falta de transportes públicos. No mesmo corredor do Lobito há tão poucos comboios de passageiros que as pessoas têm de pernoitar nas estações (para serem as primeiras a comprar o bilhete de manhã), amontoam-se em carros sobrelotados ou andam nos tejadilhos, correndo o risco de cair ficando incapacitado ou morrer.

Club-K

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