O Consulado Geral de Portugal e do Brasil em Luanda está sob forte pressão para revisar seu sistema de agendamento de vistos, à luz de práticas que têm gerado sérias preocupações entre os cidadãos angolanos. Atualmente, intermediários, conhecidos como "mixeiros", cobram entre 150 mil e 250 mil kwanzas para facilitar o agendamento de solicitações de visto, tanto para Portugal quanto para o Brasil. Este cenário tem sido descrito como uma "máfia" que explora a vulnerabilidade dos solicitantes.
Muitos cidadãos que já possuem toda a documentação necessária enfrentam dificuldades para dar entrada em seus pedidos, devido à escassez de vagas no site da VFS Global, a empresa responsável pelos agendamentos. “É preciso mudar este sistema de agendamento com urgência”, clama um dos afetados, ressaltando a frustração generalizada com a situação.
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A gravidade do problema foi evidenciada em uma investigação recente do Lil Pasta News, que revelou a suposta participação de funcionários da VFS Global em um esquema lucrativo que arrecada milhões com o agendamento de vistos. Essa descoberta levanta questões sérias sobre a integridade do processo e a ética no atendimento aos cidadãos.
Diante desse contexto, tanto a embaixada de Portugal quanto a do Brasil são instadas a adotar um modelo mais eficiente, semelhante ao de Cabo Verde, que poderia facilitar o acesso e eliminar práticas abusivas. O clamor por mudanças ressoa entre os cidadãos, que buscam não apenas um sistema mais acessível, mas também uma abordagem que garanta a transparência e equidade no tratamento de suas solicitações. A pressão sobre as autoridades consulares aumenta, e a expectativa é que ações concretas sejam tomadas para resolver essa crise o mais breve possível.
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