Presidente do Bahia conta que inventou noivado para não se assumir gay: 'Escondi para sobreviver'



Primeiro presidente assumidamente gay (https://extra.globo.com/famosos/noticia/2024/02/quem-e-o-namorado-bailarino-do-ex-goleiro-do-flamengo-e-presidente-do-bahia.ghtml) de um clube brasileiro, o ex-goleiro do Flamengo Emerson Ferretti (https://extra.globo.com/famosos/noticia/2024/08/presidente-do-bahia-aparece-com-o-namorado-em-estadio-em-dia-de-classico.ghtml) falou sobre as dificuldades que enfrentou ao longo da carreira, sendo um homem homossexual

 num ambiente onde a homosexualidade ainda é um tabu e nunca foi pauta. O ex-atleta contou que passou anos se escondendo para sobreviver no meio e tentar se preservar. Ele precisou até mesmo inventar um noivado para se esquivar de perguntas pessoais no passado.


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"O processo todo foi muito solitário, desde a adolescência, quando comecei a perceber e entender a minha sexualidade, sem poder falar com ninguém. Nem com a família, nem com os amigos, e muito menos dentro do futebol. Foi realmente muito solitário", iniciou o presidente do clube baiano em entrevista ao jornalista Bob Fernandes no canal "TVE Bahia", no YouTube.

O ex-goleiro relembrou o quanto precisou se esconder e que passou toda sua carreira se escondendo com receio da homofobia que poderia sofrer: 

"Precisei esconder esse fato durante minha carreira toda, pra me preservar, preservar minha carreira, para sobreviver no meio do futebol. Consegui isso, tanto é que joguei até onde achei que deveria, aos 35 anos".

Emerson namora o bailarino e jornalista Jordan Dafner namoram desde o início do ano. No último domingo, os dois estiveram na torcida de uma partida do Bahia, e o bailarino postou, pela primeira vez, uma foto na companhia do amado, e logo em um dia de clássico do futebol baiano. O clube do dirigente jogou contra o Vitória pelo Campeonato Brasileiro, na Arena Fonte Nova. Aos 50 anos, Emerson falou sobre os motivos de ter assumido e falar abertamente sua sexualidade após deixar os gramados: 

"Essa tomada de decisão aconteceu justamente para jogar luz sobre um assunto que não é conversado no meio do futebol. Mas existem muitos gays, não fui o único e todos eles precisam se esconder, e quando acontece isso com qualquer pessoa de criar um personagem para sobreviver, é muito dolorido, é sofrido. Então, falar sobre isso e virar uma referência, acredito que ajudará muitos que estão no futebol ou até mesmo garotos gays que pretendem ser jogadores a se aproximar e enfrentar isso (...) O caráter, o talento, não se mede pela sexualidade, o fato de ser gay não me impediu em momento nenhum de ser um goleiro que entregasse desempenho nos clubes que joguei", disse.


Bob Fernandes relembrou de um encontro que os dois tiveram há anos, quando Emerson ainda jogava, e ao ser questionado sobre família, o goleiro na época afirmou que estava noivo. 

"Era um discurso que às vezes era necessário porque existia uma cobrança social muito grande em relação a namoro, casamento, a uma presença feminina do lado. Infelizmente tínhamos que usar esse discurso, era uma das formar que tínhamos para nos protegermos. Muitos atletas gays acabam inclusive casando para afastar qualquer suspeita sobre a sexualidade deles. Isso é muito triste, ter que representar o tempo todo", lamentou.


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