O Congresso Nacional da JMPLA: Reflexões e aspirações - Afonso Botáz



O Congresso Nacional da JMPLA(Juventude do Movimento Popular de Libertação de Angola) será um evento crucial para a juventude angolana, proporcionando um espaço de reflexão, debate e definição de estratégias para o futuro do País.

A realização de um congresso nas organizações juvenis e não só, é crucial porque permite que haja um espaço de competividade positiva e sobretudo de rotatividade. Permite que haja um balanço de erros e acertos por parte de quem cessa o mandato,a troca de experiências entre si,e a sensação de uma atmosféra democrática interna.


Numa sociedade de jovens cada vez mais engajados e informados com as questões políticas, econômicas, e sociais afetos ao seu país, exige dos seus representantes uma capacidade de liderança e de mobilização engajadora, inspiradora e atractiva capaz de promover o desenvolvimento, a unidade a coesão interna, e não só.



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A liderança nos orgãos juvenis é uma tarefa árdua e de grande responsabilidade que só é possível cumprir com zelo, dedicação, interação e cooperação bilateral. Por que os jovens estão cada vez mais informados e a cada dia a desenvolver uma capacidade de crítica e auto-crítica cada vez mais impressionante, que os permite a ter uma compreensão mais evidente dos fênomenos que ocorrem e a sentir-se convidados a participar nos assuntos de forma direta ou indireta.


É nesta conformidade, que o líder é chamado à desenvolver capacidades que possam corresponder aos desafios que emergem da juventude que se lhe apresenta. Este é convidado a ter responsabilidade, lucidez–política, e a sua visão deve ser a curto e a longo prazo com resultados cada vez mais tangíveis atendendo a demanda do tempo.

Deve este entender que para conduzi-los, o seu interesse deve transcender aos interesses políticos partidários, e que será preciso desenvolver a capacidade de auscultar críticas e saber alinha-lás de acordo aos objetivos da jogada para que possa promover um ambiente externo saúdavel e transmitir uma imagem de liderança inspiradora e fascinante.

Um líder que não aprendeu a ouvir e fazer-se auto-crítica o tempo e a degeneração da sua liderança são enxergados através de um binóculo.Hoje em dia num mundo cada vez mais globalizado, já é possível olhar para exemplos concretos e puder sugar algumas lições.


Por isso este é também um chamado de atenção aos bastidores, reiterando que “nem sempre é preciso esperar errar para puder aprender, mas que também é possível aprendermos com erros de outrém” e sobretudo puder fazer diferente.


À medida que se aproximam as vésperas das eleições, é possível ter uma leitura externa e sentir a ávidez que pulsa nos corações dos jovens. Por um lado, o desiderato leva-nos a compreensão de uma dinâmica que os jovens aspiram ver , e de outro, leva-nos a refletir o nível de desafio que o próximo líder poderá arcar e isto acaba por gerar um ambiente mais competidor, inovador, e saúdavel entre a clã juvenil.


Uma das principais aspirações da juventude Angolana é um maior envolvimento na vida política e social do país. E através da escolha de seus representantes os jovens querem ter uma voz activa nas decisões que afetam as suas vidas e o futuro do país.


As eleições provam que a JMPLA é também uma organização de jovens ardilosos que procura se adaptar às mudanças do tempo e que permite um espaço de troca de experiências saúdaveis e de interação entre os jovens. A abertura da comunicação e de opiniões é a espinha dorsal para que a organização se mantenha viva e que continue a representar os jovens e a caminhar junto deles nos próximos anos.

O congresso é um lembrete poderoso de que, apesar das diferenças individuais, os jovens têm objetivos comuns e devem trabalhar em conjunto para alcançá-los. A solidariedade e a colaboração entre os jovens são fundamentais para enfrentar desafios que o país enfrenta e construir um futuro melhor para todos.


Que esta eleição sirva não só de um momento de expressão de vontades, mas que também sirva de um momento de reflexão sobre o rumo do país para os próximos tempos, lembrando que o braço juvenil é a esperança e o garantir da sobrevivência do partido como um todo. Dizia o velho adágio: Nos Jovens está a força, e nos mais velhos a Sabedoria.


Em resumo, este Congresso será um evento de grande importância para a juventude Angolana, proporcionando uma vez mais um espaço vital para reflexão,debate e definição de aspirações para o futuro do país. Um bem haja à juventude! Um bem haja à todos os Angolanos cidadãos e patriotas.


Afonso Botáz-Analista & Acadêmico

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