Militantes da Juventude do MPLA (JMPLA) no Cuanza-Sul enviaram uma carta ao Presidente João Lourenço, solicitando que ele oriente Crispiniano do Santos, Primeiro Secretário Nacional da JMPLA, a rever o processo orgânico da organização na província. A solicitação surge em resposta à exclusão de dois candidatos fortes na corrida pela liderança máxima da JMPLA local, uma situação que gerou descontentamento entre os militantes.
Job Capapinha, Primeiro Secretário Provincial do MPLA, e seu adjunto, António Wenga Franco, estão sendo acusados de utilizar sua influência para impor a candidatura de Ventura Vicente, um jovem que, segundo os críticos, não possui aceitação nas estruturas de base e ingressou na JMPLA em 2018. Vicente, que atualmente ocupa o cargo de chefe de departamento dos Recursos Humanos da Direção Provincial da Saúde, é visto como um protegido de Capapinha, especialmente por ter defendido o líder em questões relacionadas ao uso de verbas do combate à COVID-19.
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Além disso, a atual 1ª Secretária cessante, Alice Miranda, teria sido ameaçada por Wenga Franco para garantir que a candidatura de Vicente fosse aprovada, levantando preocupações sobre a transparência e a democraticidade do processo. Os militantes expressam frustração com a exclusão de Venceslau Mário e Jurane Gabriel, membros do secretariado provincial cessante, em favor de Vicente, que muitos consideram um "paraquedista".
A insatisfação generalizada entre os militantes e simpatizantes da JMPLA reflete um clamor por uma representação mais autêntica e democrática dentro da juventude do partido. Eles temem que a imposição de Vicente possa resultar em uma candidatura mal recebida nas urnas, comprometendo a imagem e os objetivos da JMPLA no Cuanza-Sul. A expectativa agora recai sobre a resposta do Presidente da República e as possíveis ações que podem ser tomadas para resolver essa crise interna.
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