MEMÓRIAS "A BODA DOS BÓFIAS NA SAGRADA FAMÍLIA”



1976 - (III) - SAMBÔ E BAVON TINHAM SIDO OS ORGANIZADORES. RECORDO-ME COMO SE FOSSE HOJE.

Decorria o ano de 1976, era uma fase de festas, sempre se arranjava motivos para comemorar quase tudo e todos os acontecimentos.

Inclusive até os bófias que conseguissem um apartamento ou uma vivenda de um branco que colocou no olho da rua e com expulsão do país com mandados falsos, se festejava.

Havia almoços e jantares de confraternização, só mesmo de nome.

Era apenas mais uma oportunidade para se dar um show, com miúdas bonitas.

Com bons fatos, bons perfumes e alguma extravagância bem ao jeito do negro angolano, quando já tem algum dinheiro, só mesmo para se mostrar como é, aquilo que na verdade não era.

Eram outros tempos, os Mialas, os Laborinhos, e outros assassinos dos dias de hoje, ainda eram uns Zé Ninguém, um tempo que nem se falava de preservativos e as "conas" pareciam que estavam em saldo.



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Aliás, o Miala e essa Esperança, a (Papancha), a vossa Vice, estavam na FNLA, ainda não faziam parte do mobiliário do MPLA.

As festas eram organizadas obedecendo a todos os detalhes e no fim acabavam sempre por dar em sucesso e momentos inesquecíveis.

Até os locais escolhidos para as festas eram considerados cruciais para o sucesso das festas.

Como essa que tinha sido exatamente no coração da Sagrada Família, eu estava lá acompanhado da minha mulata bem boa na época, a Jenny da Vila Alice.

93% das miúdas que estavam lá presentes eram dos serviços da bufaria militares e civis.

Que pena algumas delas hoje já não terem o brilho daquele tempo.

Algumas estão amareladas, outras já sem dentes na boca, gordas que nem sacos de fubá, quando não são vistas com um cigarro na boca, estão com um pouco de cerveja, de candingolo ou de aguardente.

Fernando Vumby

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