Lideranças de igrejas históricas abdicam valores conservadores em troca de dólares de grupos progressistas ocidentais – homossexualismo ameaça unidade da Igreja

As igrejas históricas em Angola, como a Metodista e a Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA), enfrentam um período de intensa pressão interna e externa, colocando-as em risco de cisão. Este fenômeno não é apenas religioso, mas também político e social, refletindo a complexidade das dinâmicas globais e locais que afetam essas instituições.

Influência Externa e Conflito Interno

Ambas as igrejas têm recebido financiamento de missionários progressistas dos Estados Unidos da América, cuja ajuda financeira é acompanhada de pressões para a aceitação de agendas globais, como a ideologia de gênero e o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Esses temas são extremamente controversos em muitos contextos religiosos, e em Angola não é diferente.

Dentro da Igreja Metodista, a resistência a essas influências externas tem se intensificado. Recentemente, segundo reportagens do portal Lil Pasta News, a igreja foi forçada a adiar uma conferência que discutiria o casamento entre pessoas do mesmo sexo devido à pressão de um grupo de pastores conservadores. Esse adiamento destaca o crescente poder dos grupos conservadores dentro da igreja, que lutam para manter as tradições e os valores estabelecidos.

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A IECA enfrenta uma situação semelhante. No ano passado, durante uma assembleia, um grupo de líderes ameaçou romper com a liderança da igreja devido à integração numa plataforma religiosa da africa austral denominada UCSSA, considerada progressista. Essas ameaças indicam uma divisão profunda entre os membros da igreja, que pode resultar em uma cisão formal se não for abordada adequadamente.

Dependência Financeira e Vulnerabilidade

Um dos fatores críticos que exacerba esses conflitos é a dependência financeira dessas igrejas. As contribuições dos membros locais não são suficientes para sustentar os seus numerosos projetos e programas propostos pelas lideranças das igrejas. Como resultado, elas dependem fortemente do financiamento externo, especialmente dos missionários americanos.

Além disso, o governo angolano tem contribuído para o financiamento de alguns programas, o que também as tornou alinhadas ao regime. Não é difícil ver na imprensa pronunciamentos dos lideres dessas igrejas de exaltação ao Presidente da República. Mesmo assim, essa ajuda também é insuficiente para cobrir todas as necessidades financeiras. Essa dependência torna as igrejas vulneráveis à influência externa, uma vez que a aceitação do financiamento vem sempre acompanhada de condições que não são necessariamente alinhadas com os valores e crenças locais. Ambas igrejas têm universidades construídas com suporte financeiro do governo. O custo destes apoios tem sido um alinhamento ao partido MPLA. 

Impacto na Educação e na Moralização

Historicamente, tanto a Igreja Metodista quanto a IECA foram pilares na educação e moralização da sociedade angolana. Elas desempenharam papéis cruciais na formação moral e intelectual de muitas gerações. No entanto, essa influência tem diminuído nos últimos anos, à medida que novas igrejas, especialmente as pentecostais, ganham espaço e atraem uma parte significativa da juventude.

Essa migração de fiéis para igrejas mais recentes pode ser vista como uma resposta à perceção de que as igrejas históricas estão se afastando dos valores tradicionais em favor de agendas progressistas e políticas. A divisão de tempo entre as igrejas tradicionais e as pentecostais por parte dos jovens também indica uma busca por experiências religiosas que ressoem mais com suas crenças e expectativas.

As igrejas Metodista e IECA em Angola estão em um ponto de inflexão crítico. A influência de missionários progressistas dos EUA e a dependência financeira exacerbam as tensões internas entre os membros conservadores e os líderes mais abertos às novas agendas globais. Para evitar uma cisão, essas igrejas precisam encontrar um equilíbrio delicado entre manter suas tradições e valores e responder às realidades financeiras e sociais contemporâneas.

O futuro dessas instituições dependerá de sua capacidade de dialogar internamente, respeitar a diversidade de opiniões e buscar soluções que mantenham a unidade sem comprometer seus princípios fundamentais. A preservação de sua relevância social e moral será crucial para que continuem a desempenhar um papel significativo na sociedade angolana.

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