Ismael Mateus é mentiroso e mentiu (I) - Kamalata Numa

 



Em português bem falado diz-se: quem mente é mentiroso.

Texto interessante de ler para se perceber a enxurrada de mentiras do jornalista do regime que tem escrito lunatices fora do contexto dos factos, sem cientificidade histórica e cheia de omissões só para defender sua dama - o MPLA - há muito despencada do pedestal de Partido de libertação dos angolanos normais.

Do texto BRANQUEAMENTO DA IMAGEM DE SAVIMBI VS PERCURSO ERRÁTICO - Ismael Mateus - Imparcial Press foram retiradas as seguintes mentiras: 

Primeira mentira - ... construir um perfil menos violento ... branqueamento da imagem de Jonas Savimbi 

FACTO - De Jonas Malheiro Savimbi saído da luta anti-colonial não é conhecida história de violência política contra seus companheiros ou contra o povo. Razão, de ainda hoje, ser chorado e seguido por aqueles com quem lutou no "maquis" de Angola de 1966 à 1974. Quem mais o fez? 



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A guerra pós-colonial imposta á Angola pelo MPLA e seus aliados (PCP - Partido Comunista Português, URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, Cuba e todos internacionalistas comunistas do mundo) transformou a guerra anti-colonial em guerra fria entre comunistas e capitalistas com objectivos e culturas ideológicas distantes entre si.

 A UNITA e Jonas Malheiro Savimbi foram vítimas e continuam a ser vítimas deste cruzamento infeliz, em Angola, entre comunistas e capitalistas. Facto concretizado pelo MPLA em Argel ao ter negociado com Portugal para que lhe fosse entregue a independência de Angola a si, o que se concretizou no dia 11 de Novembro de 1975 com a independência a ser proclamada em nome do Comité Central do MPLA e não em nome do Povo de Angola.

A partir deste momento, ficou institucionalizada a violência política em Angola que passou a ser exercida contra os angolanos até aos dias de hoje.

 Desta violência política, é conhecida a exercida pelo Dr. António Agostinho Neto através do sangrento 27 de Maio, quando mandou assassinar mais de 80 mil angolanos. Também é conhecido o assassinato de lideranças do Partido como Nito Alves, Sita Vales, Zé Vandunem, Monstro Imortal, Bakalof, Domingos Fortunato, Vicente Fortunato, David Zé, Urbano de Castros e muitos mais.

 Com o Sr. Engenheiro José Eduardo dos Santos são conhecidos os assassinatos de mais de 30 mil angolanos no conflito pós-eleitoral de 1992, numa altura em que se negociava a fraude eleitoral. Também, nesta altura, ficaram conhecidos os assassinatos bárbaros dos negociadores da UNITA, nomeadamente dos Engenheiros Jeremias Chitunda e Salupeto Pena, do Secretário Geral da UNITA Alicerces Mango, de Eliseu Chimbily.

 Na mesma sequência, ficaram conhecidos os assassinatos da Sexta-feira Sangrenta com mais de três mil angolanos da Nação Bakongo por razões da mesquinha supremacia do MPLA sobre estes cidadãos de Angola.

Recentemente, com o envolvimento de João Manuel Gonçalves Lourenço foram cruelmente assassinados milhares de cidadãos angolanos Umbundu por pertencerem a seita religiosa Luz do Mundo e mais de meia centena de cidadãos angolanos Tchokwes em Kafunfu. Hoje, há presos políticos de cidadãos angolanos que reivindicam politicamente o destino das lundas no ordenamento político-jurídico de Angola.

 Tentar comparar a violência política institucionalizada pelo MPLA e seus líderes durante quase meio século de independência de Angola com o que foi praticado na Jamba com a UNITA e Jonas Malheiro Savimbi e outros Dirigentes é assistir ao drama da cobardia intelectual que ninguém mais quer aceitar mesmo de borla.

 A UNITA nunca fugiu ao debate sobre o que se passou durante este período da guerra pós-colonial e da guerra civil em Angola. Por esta razão, a UNITA com Adalberto Costa Júnior tem lançado o repto no âmbito da reconciliação nacional sobre a Comissão da Verdade para Angola.

 Segunda mentira - ... realçar o efeito da guerra de Savimbi ... Jonas Savimbi recusou-se a aceitar os resultados eleitorais e decretou o renascer da guerra civil para tomar o poder pela força.

FACTO - A partir da Cidade do Huambo, em conferência de imprensa realizada quinta-feira (15 de Outubro de 1992) à noite, Jonas Savimbi decidiu aceitar os resultados das eleições "tal como estão agora" - escreveu o Jornal de Angola.

 Também, na sequência desta conferência de imprensa, o Dr. Jonas Malheiro Savimbi disse: "sabemos que (as eleições) não foram transparentes, mas ficamos assim porque é preciso que haja dirigentes que tenham estatura de patriotismo e sacrifício para permitir que se ultrapasse a crise".

 O Jornal de Angola também escreveu: "Savimbi falou à imprensa - após ter permanecido duas semanas (desde que votou a 29 de Setembro em Luanda) sem aparecer nem prestar declarações públicas - no final de um encontro com responsáveis dos partidos da oposição que se aliaram à UNITA.

Sr. Ismael Mateus, factos são factos e eles são teimosos porque voltam sempre como foram e são. Dr. Jonas Malheiro Savimbi não foi ele quem iniciou a guerra civil em Angola.

 Outro facto relacionado com o anterior, em 1992, o MPLA, para promover a deserção do Mais velho Miguel Nzau Puna, ameaçou-o ao dizer que o MPLA tinha o plano de assassinar o Dr. Jonas Malheiro Savimbi e a Ele caso continuasse na UNITA.

 Esta foi a razão que levou o Mais Velho Miguel Nzau Puna as exéquias fúnebres do Dr. Savimbi na Lopitanga, mesmo depois de pressionado para não estar presente nesta cerimónia, porque na altura, Ele já era membro do Comité Central e Deputado do MPLA. Desta vez, não se deixou pressionar e fez questão de estar presente na cerimónia para pedir perdão ao seu companheiro de luta que durante mais de 30 anos partilharam juntos as agruras de uma revolução, o que acabou por fazer e cumprir. Paz a sua alma Mais Velho Miguel Nzau Puna, nosso eterno Secretário Geral.

(Continua)

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