José Eduardo dos Santos, o sambilista que governou Angola durante perto de quatro décadas, faria hoje 82 anos, caso ainda estivesse entre nós.
Chegado mesmo a ser tido como enviado de Deus para guiar o povo angolano rumo ao paraíso, segundo alguns bajuladores desavergonhados, teve na verdade o grande mérito de eliminar Jonas Savimbi e assinar a paz com o que restara da UNITA.
No resto, foi um desastre. Defensor duma tal de «acumulação primitiva de capital», promoveu um assalto selectivo ao erário, que criou uns quantos marimbondos com grandes fortunas, contra uma esmagadora maioria de pobres, que hoje comem no lixo e tudo, enquanto o seu sucessor vai patinando para recuperar o país da desgraçada situação em que estava quando herdou a governação, endividado até ao pescoço.
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Apesar de ter dado dinheiro e poder a muito boa gente, entre familiares, amigos e colaboradores, alguns dos quais se tornariam pessoas graças a ele, haveria de falecer por doença no estrangeiro, abandonado escandalosamente pelos seus companheiros, cambada de ingratos, há dois anos, em Barcelona. Acabaria por ser sepultado no memorial António Agostinho Neto, depois de uma patética disputa pela «posse» do seu cadáver entre o governo e os filhos.
Até 2016 pelo menos, o 28 de Agosto era o dia em que se encerravam na cidade alta as faustuosas celebrações alusivas ao aniversário do clarividente e glorioso líder do MPLA, sempre às custas de generosas despesas sustentadas pelo erário, que ele administrava como se fosse da mãe-joana, por conta duma constituição que o Feijó bolou à medida da sua prepotência, que está a pedir revisão imperiosa, para os devidos ajustes do sistema político aos novos tempos. E isto era para ontem.
Salas Neto
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