EMIS: Redefine o conceito de proteção do mercado e dos consumidores



EMIS empresa que gere a rede Multicaixa e Câmara de Compensação automatizada de Angola, tendo como missão a massificação dos pagamentos electrónicos, garantindo segurança, eficácia, comodidade e inovação, descobriu que o caminho para realizar a sua Missão assenta num pilar - Minar a concorrência e esquecer os direitos dos utilizadores da rede - Todos os titulares de cartão MCX


O maior desafio, conhecido dos milhões de clientes que tem cartão Multicaixa é levantar dinheiro numa ATM. Em certas alturas do mês pode mesmo ser um desafio olímpico.


Há cerca de 1 ano, começou a assistir-se a um movimento, protagonizado pelos bancos de pequena e média dimensão, no sentido de aumentar o número de ATM instaladas. Este movimento aconteceu não só em Luanda como por todas as províncias de Angola. 



Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762


Esta estratégia, assentou na visão de que o negócio dos meios de pagamento é um negócio com potencial. Estes bancos iniciavam assim uma trajectória há muito reclamada por todos, diversificação do negócio, que desde sempre e especialmente nos grandes bancos, assentava apenas no negócio cambial e dos Títulos. 


A própria EMIS, visando dinamizar este negócio e reduzir as enormes filas para levantamento de dinheiro nas ATM, incentivou a este movimento, revendo o precário. Basicamente a EMIS aumentou o valor que os bancos emissores de cartões, pagam aos bancos donos das ATM, dado que são estes que investiram no equipamento, comunicações, alimentação de numerário, proporcionando dessa forma uma justa remuneração pelo investimento realizado.

O próprio BNA lançou um programa em que incentivava os bancos a instalar ATM em certas localizações. Portanto o mercado em funcionamento - aumento da procura (clientes a querer levantar dinheiro) gera aumento de oferta (instalação e manutenção ATM).


Curiosamente, os grandes bancos, aqueles que mais clientes tem e que tem sido protegidos ao longo de anos, ficaram fora deste movimento, não acompanhado o investimento que os bancos mais pequenos e médios estavam a realizar. Continuaram agarrados ao business as usual!!!


Em maio deste ano, portanto há cerca de 3 meses, a EMIS na sequência da estratégia que tinha deliberado e estava a resultar num claro aumento de oferta de ATM e portanto de serviço aos Clientes, comunicou aos seus associados o aumento da remuneração que os bancos que investiram e garantem o funcionamento das ATM passariam a receber, comunicando também que os futuros aumentos ocorreriam em 1/1/25 e 1/1/26, portanto uma estratégia ao longo de 3 anos, que dava tempo para todos poderem responder e adaptar-se à nova realidade. A estratégia visava o aumento e disponibilização de equipamentos no mercado, reduzindo dessa forma as filas de espera.


Curiosamente, a EMIS elegeu recentemente um novo CA, onde os grandes bancos (os que não investiram em ATM) tem uma influência decisiva. Surpresa das surpresas, a primeira decisão foi reverter toda esta estratégia, não só reduzindo a remuneração aos bancos que investiram em ATM em 32% como anunciando desde já, que o aumento anunciado para 1/1/25 também não iria ocorrer.

Ao mesmo tempo que tomava esta decisão a EMIS já não reduziu o precário que cobra aos bancos que instalam ATM, que são obrigados a pagar um valor por cada ATM e por cada transaccao. Não seria mais lógico reduzir este precário?

Portanto a EMIS actuou única e exclusivamente em benefício e nome de 4/5 bancos e de si própria, contra todos os outros e, mais grave, contra todos os milhões de utilizadores da rede, dando assim um excelente exemplo de como desincentivar a modernização e massificação dos pagamentos electrónicos, que diz ter como missão!!

Curiosamente a EMIS com frequência pede e quase exige aos bancos que garantam o funcionamento das ATM. Será que vai continuar a enviar estas cartas aos bancos? Terá coragem?


 Mais uma vez, os grandes bancos olham mais para si próprios e movimentam-se para proteger os seus interesses, ainda que isso prejudique milhões de clientes da rede, nomeadamente os seus clientes, que ficam assim com menos soluções e continuarão a enfrentar as enormes filas para levantar dinheiro.

Se este é o cartão de apresentação deste novo CA da EMIS, tememos o pior para os utentes da rede.


E o BNA, enquanto supervisor do sistema financeiro, não terá uma palavra sobre esta matéria? A inclusão financeira e acesso a meios de pagamento não são uma preocupação do supervisor?


Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação 

Postar um comentário

0 Comentários