É IMPERIOSO QUE O GENERAL HIGINO CARNEIRO SE POSICIONE SOB PENA DE TOMBAR NO FOGO CRUZADO ENTRE JOÃO LOURENÇO, DINO MATROSS E NANDÓ



1. A recente reunião entre o Presidente do MPLA e os 1°s Secretários dos Comités de Acção do partido no poder, que em condições normais teria servido para dentre várias questões, abordar aos níveis de operacionalidade dos órgãos intermédios e de base do partido dos Camaradas ao mais alto nível, acabou por, de modo prévio e minuciosamente planeado por JLourenço e sua entourage, para levantar bastante poeira fora de época em torno da sucessão presidencial no seio do MPLA, por outro lado para lançar-se a isca a jovens ávidos por liderar o MPLA, a contra gosto de João Lourenço, e sobretudo para amordaçar e estrangular publicamente os legítimos interesses do General Higino Carneiro em concorrer ao cargo de Presidente do MPLA.

2. É mais do que evidente que a essa altura João Lourenço, feito motorista que pisca à direita mas curva para à esquerda, em pânico e desespero total, pretendendo manter-se no poder, ou na pior das hipóteses continuar a manter significativa influência sobre quem lhe venha substituir, está a correr simultaneamente em duas direções, assente essencialmente em:

a) Tentar, mesmo que no limite, rever a CRA, dando lugar a um cenário constitucional que lhe permita concorrer a um terceiro mandato, ainda que num hipotético cenário em que JLourenço venha a concorrer ao cargo de 1° Ministro, resultante de um novo figurino constitucional, com plenos poderes de chefia do Governo. 



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*Para os menos atentos, uma das provas mais claras e inequívocas no sentido acima descrito avulta da recente aprovação da "Lei sobre o Vandalismo", contendo molduras penais absurdas, intimidatórias e inconstitucionais que mais não serve se não para coartar e aquilar em situações in extremis o direito à manifestação, inibindo deste modo eventuais tumultos durante os debates voltados à revisão da CRA, bem como um eventual levantamento popular resultante de uma revisão bem sucedida;

b) E por outro lado, face às mais variadas nuances negativas, desde estatutária, constitucional bem como voltadas à falta de maioria suficiente para orientar o Grupo Parlamentar do MPLA a rever a CRA, JLourenço, face ao tempo que já lhe começa a roer os calcanhares tenta a qualquer custo escolher a dedo um futuro substituto nas hostes do MPLA que lhe salvaguarde ao máximo os seus interesses e que acima de tudo não lhe persiga sem tréguas, tal como tem vindo a fazer com Eduardo dos Santos (em memória) e sua família, sendo certo que para JLourenço o candidato de sua escolha deve concorrer sozinho, isto é, sem que haja outras candidaturas, pois sabe de antemão, que num hipotético cenário com múltiplas candidaturas, a qualquer candidato por si escolhido a dedo ser-lhe-á dado o famoso "golpe da misericórdia" pelos congressistas, grande parte dos quais ávidos em ver Lourenço pelas costas, quanto antes, sendo copiosamente derrotado nas urnas, a exemplo do que ocorreu recentemente no seio da FRELIMO, em Moçambique, em que Roque Silva, candidato do Presidente cessante, foi cilindrado por Daniel Chapo.

ACUSAÇÕES E ANIMOSIDADES ENTRE JLOURENÇO E DINO MATROSS NÃO PASSA DE ESTRATÉGIA PRÓ NANDÓ...

3. Depois de há pouco menos de três meses, após uma reunião entre JLourenço e Nandó, ganhar corpo nas redes sociais a informação segundo a qual Lourenço teria pedido a Fernando da Piedade Dias dos Santos para que este lhe substituisse a frente dos destinos do MPLA, hoje numa virada atípica, surgem informações segundo as quais Nandó, Dino Matross e alguns Mais Velhos do Partido estariam a conspirar contra JLourenço, um facto que mais não serve para legitimar um pseudo afastamento de JLourenço a Nandó, pois Nandó foi convidado, é e continuará a ser o candidato escolhido a dedo pelo seu cunhado JLourenço para substitui-lo, caso a intentona de rever a CRA caia definitivamente por terra.

JLourenço, melhor do que ninguém sabe que num Congresso com múltiplas candidaturas, o candidato por si apoiado à liderança do MPLA é batido nas urnas, não passaria por significar a continuidade das desastrosas acções do Presidente cessante, daí que se precisava que de modo famigerado se dissocia-se Nandó (o candidato escolhido) da figura de JLourenço.

4. Mais do que pautar por um estado de inação, a essa altura é de todo necessário que o General Higino Carneiro se posicione, porque não restam dúvidas de que dentre os putativos candidatos, ainda que num cenário com múltiplas candidaturas, HC é visivel e destacadamente o candidato com maior traquejo, histórico e créditos reconhecidos, por inerência deste facto o Candidato Ideal e sobretudo capaz de:

• Voltar a congregar a grande família MPLA; 

• Resgatar a mística do MPLA;

• Recolocar Angola no trilho do desenvolvimento;

• Bem como servir de ponto de equilíbrio voltado a uma premente transição geracional no seio do Partido. 

Grosso modo, Higino Carneiro melhor do que ninguém devia reconhecer em si mesmo valências curriculares que lhes são por todos publicamente reconhecidas, devia conhecer o seu real valor e capital, que jogam a essa altura claramente a seu favor porque ao fim ao cabo verdade seja dita, num hipotético "choque directo", JLourenço, na reta final do mandato (partidário e presidencial) teria muito mais, se não mesmo tudo a perder, ante um General Higino Carneiro que nada tem agora, nem teria lá mais pela frente a perder. 

• JLourenço se For Prudente Saberá que não é Prudente Cutucar/Esticar Tanto a Corda Contra Higino pois em Política Nada é Garantido até que se Concretize!!!

• E Se o Higino se Fizesse Eleger Presidente Mesmo que a Contra Gosto de JLourenço!!!???

Smith Adebayo Chicoty, In Reflexão Política da Semana, 29 - 08 - 24, Porto Amboim.


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