No início da década de 80, a UNITA reivindicava estar às portas de Luanda. Para o MPLA, essa reivindicação ficava mal, ter uma guerrilha às portas da capital do país. Para resolver o problema, o então Conselho da Revolução aprovou uma resolução no dia 26 de abril de 1980, dividindo a província de Luanda em duas partes, a partir do rio Bengo. A parte onde a UNITA reclamava estar perto passou a se chamar província do Bengo, e a restante continuou a ser Luanda. Com estas medidas oficialmente justificadas como sendo para "melhorar a direção unitária da capital", o MPLA resolveu o problema de ter uma guerrilha a gabar-se ao mundo que estava perto para tomar a capital.
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Passados 44 anos, sem o Conselho de Revolução e sem a guerrilha de Savimbi a ameaçar estar por perto da capital, o MPLA anunciou a criação de uma nova província. As áreas de Luanda (Viana, Cacuaco), que se tornaram um celeiro eleitoral da UNITA, vão passar a fazer parte da futura província. Com isso, o MPLA fica defendido do argumento de ter os maiores municípios da capital como praça eleitoral do seu rival politico.
Pelo menos a nível de Luanda, fica entendido que os seus processos de divisões sempre foram para o MPLA se prevenir da UNITA. Também fica claro que a divisão de Luanda, nestes 44 anos, não resolveu seus problemas. A solução está em abandonar o medo das autarquias.
JOSÉ GAMA
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