Jaime Freitas, fundador do Grupo COSAL, é um dos empresários mais influentes de Angola, acumulando uma fortuna estimada em mais de € 500 milhões. Nascido na capital angolana em uma família de origem aristocrata portuguesa, Freitas iniciou sua trajetória empreendedora durante o período colonial, fundando um dos maiores grupos privados do continente africano.
Desde o fim da Guerra Civil em 2002, o Grupo COSAL tem se expandido significativamente, sendo atualmente responsável pela importação e venda de marcas renomadas de automóveis, como Fuso, Hyundai, Mercedes Benz, Mitsubishi, Suzuki e Yamaha, além da distribuição do lubrificante Castrol. Suas filiais estão espalhadas por várias cidades, incluindo Lobito, Benguela, Lubango e Namibe.
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No setor de hotelaria, Freitas é proprietário de diversos empreendimentos, como o Hotel Samba Executive em Luanda e o La Rochelle Safari Resort na Namíbia. O investimento no Roça das Mangueiras Resort, inaugurado em 2016, custou 12 milhões de dólares.
Além de sua atuação no setor automotivo e hoteleiro, Freitas diversificou seus investimentos em instituições financeiras. Ele adquiriu participação em vários bancos, incluindo 3,13% do Banco Comercial Angolano e 12% do Banco Caixa Geral de Angola.
O Intocável
Com a ascensão do novo governo em 2017, Freitas ganhou notoriedade como um empresário intocável, levantando suspeitas sobre a sua influência nas decisões governamentais e no mercado automotivo. Fontes do Ministério dos Transportes apontam que ele teria ações em empresas chinesas que operam no setor de veículos em Angola, mas as autoridades parecem hesitar em agir contra sua crescente influência.
Críticas e Denúncias
Entretanto, a imagem de Freitas não é isenta de controvérsias. Funcionários de seus restaurantes e resorts em Luanda e Lubango denunciaram salários baixos e maus-tratos por parte da administração. Um funcionário, que se identificou como Fernando, afirmou que, durante a pandemia, muitos investimentos foram encerrados sem que os trabalhadores recebessem qualquer indenização, temendo represálias por parte da empresa.
As reclamações sobre as condições de trabalho levantam questões sobre a responsabilidade social de um dos homens mais ricos de Angola e o impacto de suas práticas empresariais na vida de seus empregados.
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