Adalberto Costa Júnior e a actual direção do partido UNITA têm razões para agradecer a Isaías Samakuva. O ex-líder, que dirigiu a UNITA durante 16 anos, tem revelado, com clareza, suas intenções contra o partido, tornando mais evidente de que lado se encontra. Esse posicionamento de Samakuva, paradoxalmente, está facilitando a estratégia de resistência da actual direção da UNITA, que visa manter viva a chama da alternância política em Angola.
Em um momento em que o MPLA se apresenta fragmentado, com João Lourenço impedido pelos estatutos de continuar na liderança do seu partido e pela Constituição de concorrer a mais um mandato, a Frente Patriótica Unida, sob a liderança de Adalberto Costa Júnior, desponta como a esperança do povo abandonado. Adalberto tem mostrado ser um líder responsável, diplomático, carismático e ideal para conduzir uma transição política pacífica, após mais de 50 anos de governo do MPLA, contando até 2027.
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É chegada a hora da liderança do MPLA economizar seus orgulhos e iniciar um Pacto de Regime que vise permitir uma transição pacífica, considerando a conservação dos activos do MPLA e a preservação dos seus passivos. Em Dezembro, o MPLA realizará seu congresso para refletir sobre seus 50 anos de governo, um momento crucial para avaliar o elevado nível de degradação social e reconhecer a responsabilidade do partido por todos os males causados à sociedade angolana. No entanto, essa reflexão também abre a porta para um diálogo franco entre as lideranças políticas de todos os partidos e a sociedade civil.
João Lourenço ainda tem a oportunidade de sair bem na história, permitindo uma transição pacífica cujo objectivo supremo seria a Reforma do Estado, a despartidarização das instituições públicas, a garantia da separação dos três poderes e a institucionalização das autarquias locais. A Adalberto Costa Júnior caberá o compromisso de governar todos e para todos, formando um governo inclusivo e colaborativo por uma Angola melhor.
A mudança é possível, e a hora é agora.
Por Hitler Samussuku
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