Militantes de base do MPLA sentem-se excluídos pela direção central do partido e muitos estão a abandonar o barco

 


Vários militantes de base do MPLA, tanto em Luanda como em outras províncias, estão deixando o partido e seguindo caminhos fora da política, com alguns até emigrando em busca de melhores condições de vida, apurou o Lil Pasta News.


Segundo Joaquim Barbosa Bocalina e Maria Paula Marata, cabos eleitorais do MPLA na Maianga e Cazenga, respectivamente, esses militantes se sentem excluídos do partido, sendo úteis apenas em épocas de eleições e comícios. "O partido se tornou apenas de um grupo. Nós defendemos o líder e a bandeira em todo lugar, mas quando há nomeações ou oportunidades, os beneficiados são aqueles que nem conhecemos e não sabemos de onde vêm", afirmaram.



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Nas ruas e nas redes sociais, esses militantes são chamados pejorativamente de "baju" por defenderem o seu partido, mas nem todos são reconhecidos ou valorizados por ele. Eles integram um grupo de milhares de militantes em todo o país que estão abandonando o barco devido a esse hábito de exclusão por parte da direção do MPLA.


"É bom que o presidente veja isso. Estamos perdendo os melhores quadros das bases. Se isso continuar, em 2027 não será apenas Luanda e Zaire, vamos perder em todas as províncias, pois os melhores cabos eleitorais das bases estão abandonando o partido por sentirem-se excluídos", alertaram.


Recentemente, Masta Buyk, um dos maiores cabos eleitorais do MPLA em Luanda, abandonou o país em busca de melhores condições de vida em Portugal.


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