JLo cancela viagem para o Congo Brazzaville para evitar se encontrar com o presidente do Gabão Brice Clotaire Oligui Nguema



O Presidente João Lourenço cancelou na sexta-feira passada, 5, uma viagem a Brazzaville, onde era aguardado para participar na primeira Conferência Internacional dos Chefes de Estado e de Governo da primeira Conferência Internacional sobre Aflorestamento e Reflorestamento (CIAR).


À última hora, as autoridades anunciaram que João Lourenço "já não se desloca". Apesar de não ter oficialmente justificado os motivos do cancelamento da viagem, fontes diplomáticas dizem que foi para evitar o Presidente de transição do Gabão, Brice Clotaire Oligui Nguema, de quem se encontram de costas viradas.

 

Além do Presidente de transição do Gabão, a cimeira que decorreu de 2 a 5 de julho contou também com a presença de Brice Clotaire Oligui Nguema, da Etiópia, Sahle-Work Zewde, e da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo.



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João Lourenço, na sua qualidade de campeão da paz da União Africana e promotor da ordem constitucional, tem adotado uma postura de não reconhecer o Presidente de transição do Gabão, Brice Clotaire Oligui Nguema, que ascendeu ao poder em agosto de 2023 por via de um golpe de Estado.

 

Desde então, Angola e o Gabão estão em clima de tensão política devido a uma série de incidentes diplomáticos e desacordos.

 

A tensão política e diplomática entre os dois países começou a ser sentida durante as comemorações do 48º aniversário da independência de Angola, em Libreville, no dia 11 de novembro, quando as autoridades gabonesas notaram que o embaixador angolano no Gabão se recusou a colocar o retrato do novo presidente, Brice Nguema (na embaixada), ao lado do presidente angolano, João Lourenço. Essa atitude foi interpretada como um sinal de não reconhecimento por parte de Angola ao novo Presidente.

 

A situação se agravou ainda mais no dia 13 de dezembro do ano passado, quando o Presidente João Lourenço abandonou uma cimeira da CEEAC, na Guiné Equatorial, devido à presença do novo homem forte do Gabão e à decisão da cimeira de levantar as sanções contra o país na sequência do golpe de Estado. Lourenço teria ficado isolado, já que todos os outros presidentes defenderam a reintegração de Libreville na organização.


Neste mesmo mês, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Gabão chamou de volta o seu Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário em Luanda "para consultas", o que na linguagem diplomática se traduz em ruptura.

 

No dia 17 de janeiro deste ano, o embaixador angolano Gilberto da Piedade Veríssimo, que também exerce as funções de presidente da Comunidade Econômica dos Estados da África Central (CEEAC), teve a sua residência invadida em Libreville. Homens armados e fardados, de nacionalidade gabonesa, vasculharam os compartimentos da residência, causando preocupação e indignação. O Gabão alegou que está a investigar o incidente para determinar os autores e as circunstâncias desse ato lamentável.

 

De acordo com fontes do Club-K, desde essa série de eventos os dois países estão de relações cortadas, o que leva João Lourenço a não estar presente em cimeiras onde também está o novo Presidente do Gabão, que chegou ao poder por vias não democráticas.


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