O diretor nacional do Trabalho anunciou hoje que foram criados, no primeiro semestre deste ano, mais de 110 mil empregos, um aumento de 25% comparativamente ao período homólogo de 2023.
António Estote, que falava hoje num encontro com a imprensa promovido pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, referiu que em relação ao segundo semestre de 2023 houve um incremento de 16%. O responsável avançou que entre os setores que geraram mais empregos estão os serviços coletivos sociais pessoais (serviços públicos para necessidades sociais), com 29%, o comércio, com 15%, a construção, com 10%, e atividades imobiliárias, com 10%.
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Na sua intervenção, o secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social considerou que é "desafiante" a taxa de desemprego em Angola, que se situou acima dos 32%, no primeiro trimestre deste ano.
Pedro Filipe referiu que a preocupação do emprego continua a ocupar a agenda do Governo, realçando que a reversão em grande parte deste quadro está "dependente da saúde" da economia angolana.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativamente ao primeiro trimestre referem que a taxa de desemprego na população, com 15 ou mais anos, foi estimada em 32,4%, sendo mais elevada para as mulheres (31,4%) comparando com os homens (33,4%), uma diferença de dois pontos percentuais.
Apesar de "ainda elevada" a taxa de desemprego, Pedro Filipe destacou que está dentro do geral que se verifica nos países da região austral e no continente africano em geral.
Segundo Pedro Filipe, o ministério tem vindo a levar a cabo várias medidas alinhadas à agenda nacional do emprego para fomentar a empregabilidade, referindo que o arranque do Fundo Nacional do Emprego (Funea), aprovado em maio de 2023, está marcado para o dia 06 de agosto próximo.
O governante angolano realçou que o Funea, com o valor de 27 mil milhões de kwanzas (28,5 milhões de euros), será capitalizado com 21 mil milhões de kwanzas (22,1 milhões de euros) pelo Orçamento Geral do Estado e com seis mil milhões de kwanzas (6,3 milhões de euros), disponibilizados pelo Instituo Nacional de Segurança Social (INSS), no âmbito da sua obrigação de contribuição para o fomento das políticas do emprego.
Para a primeira fase, Pedro Filipe disse que está previsto o desembolso de 10 mil milhões de kwanzas (10,5 milhões de euros).
"A nossa expetativa é que este instrumento vai dinamizar o processo de formação profissional, de empreendedorismo e de fomento ao emprego", salientou, destacando que os dados da economia angolana do primeiro trimestre são animadores.
"O país cresceu na ordem dos 4,6%, e segundo trimestre também os dados preliminares são muito animadores (...), o que pressupõe dizer que com o crescimento da economia mais empresas poderão empregar e absorver mão-de-obra, mais dinamismo a nossa economia vai ganhar e com maior facilidade poderemos abordar esta temática, que muito nos preocupa, que tem que ver com a redução da taxa de emprego, que ainda é muito considerável", disse.
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