Desde a sua reabertura há praticamente dois anos, a rede de supermercados Kero, agora sob gestão da Accord, uma empresa ligada aos eritreus do grupo Anseba, ultrapassou a fase de prateleiras vazias e está novamente a oferecer diversidade de produtos. Fora a colorida variedade de produtos nacionais e importados, que dão a aparente imagem de estar tudo bem, os trabalhadores estão descontentes com “os magros salários” pagos pela entidade patronal.
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A entidade gestora do Kero não actualizou os salários dos funcionários, mesmo diante do contexto económico excessivamente inflacionário e a consequente perda do poder de compra. Os eritreus continuam a pagar o mesmo salário da então gestão do grupo Zahara, antes de perder o activo diante do arresto das autoridades judiciais.
O salário dos funcionários de base, desde o caixeiro ao repositor, é de 48 mil kwanzas. A este valor são acrescidos os subsídios de transporte (12 mil kwanzas) e de alimentação (24 mil kwanzas) que, somados, perfazem 36 mil kwanzas. Contas feitas, o salário base mais os dois subsídios fixam em 84 mil kwanzas o rendimento mensal.
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