Crise no Setor de Distribuição de Energia em Angola: A Exploração dos Prestadores Privados



A insatisfação da população em relação aos prestadores de serviços de energia elétrica em Angola continua a crescer. Recentemente, a empresa UNISHAD, responsável pela distribuição de energia no bairro Bita Mutamba, anunciou um aumento de tarifas que elevará o custo da energia de 5.500 Kz para 7.500 Kz. Essa mudança tornará a tarifa uma das mais altas em Luanda, gerando preocupações entre os moradores, muitos dos quais enfrentam dificuldades financeiras.


Os questionamentos são numerosos: quem são os verdadeiros donos dos prestadores de serviços elétricos em Angola? Como se dá a escolha dessas empresas? Existe um processo transparente ou é tudo decidido em esquemas obscuros? E mais importante, por que a Empresa Nacional de Distribuição de Energia (ENDE) não consegue assumir a distribuição de energia sem a intermediação desses prestadores privados?



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No documento que o Lil Pasta News teve acesso, a justificativa da UNISHAD para o aumento das tarifas é que a ENDE ajustou seus preços, resultando em um repasse de custos para os consumidores. Contudo, muitos moradores do bairro Bita Mutamba, predominantemente formados por vendedores, pedreiros e trabalhadores informais, têm rendimentos mensais abaixo de 50 mil Kz. Para eles, o novo valor da tarifa é uma carga insuportável.


Além do custo elevado, o serviço prestado pela UNISHAD também é motivo de frustração. Os cortes de energia são frequentes, ocorrendo de duas a três vezes por dia, e a voltagem fornecida varia entre 150V e 180V, insuficiente para aparelhos que exigem entre 220V e 240V, como ar-condicionados.


A situação levanta a questão: até quando a população angolana continuará a ser explorada por essas empresas privadas? É urgente que o assunto chegue às autoridades competentes, para que a voz do povo seja ouvida e medidas efetivas sejam tomadas.

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