O Provedor Financeiro, Victor Cézar Paixão, acusa o Advogado Lazarino Poulson de o ter burlado, em Janeiro deste ano, uma quantia de 1.250 Euros, na altura avaliado em Kwanzas, em 1 milhão 152 mil e 500.
Victor Cézar Paixão, Angolano, residente em Luanda, há mais de cinco anos que presta serviços como Provedor Financeiro, uma actividade ainda não regulamentada em Angola.
Dada a dificuldade em que muitos têm para obtenção de moeda estrangeira, Victor Cézar Paixão encontrou a oportunidade de investir e ganhar o seu pão, disponibilizando Euros ou Dólares, em troca da moeda nacional (kwanza).
Regra geral, primeiro, pede que se faça a transferência dos valores e somente depois, faz a entrega dos dinheiro solicitado, mas no dia 5 de Janeiro, a realidade foi diferente.
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“Podem os Euros entrar primeiro?”, questionou por mensagem o advogado, ao Provedor Financeiro.
A resposta foi positiva, dada a confiança que depositava ao Advogado, tendo feito a transferência num banco com sede em Portugal, cuja proprietária da conta é a cidadã identificada por Vislândia de Rita Guedes Campos, cujo provedor não chegou de conhecê-la.
O também Escritor, convenceu Victor Cézar Paixão, que tinha o valor em kwanza, numa conta bancária e o provedor o teria tão logo enviasse os 1.250 Euros solicitados.
Como não tinha o valor pretendido pelo Advogado, Victor pediu a dois sócios que o ajudassem neste processo, sendo que disponibilizaram 250 e mil Euros respectivamente, tendo consumado o negócio.
Passados mais de uma hora, Victor Cézar Paixão achou estranho, o silêncio do “homem das leis”, pois, não atendia as suas chamadas e nem respondia as mensagens, um quadro que alterou somente no terceiro dia, quando recebeu a informação de Lazarino Poulson, de que no dia do negócio, saiu imediatamente de Angola em digressão a Portugal, por isso, a dificuldade na comunicação.
Segundo Victor Paixão, as fintas para a devolução dos valores, começaram a partir daquele instante.
Depois de alguns dias, soube do Advogado, que o valor em questão(Euro), foi solicitado por outra pessoa e o mesmo serviu somente como intermediário.
Perante este cenário, Lazarino Poulson disse que estava a espera que a pessoa em causa efectuasse a transferência do dinheiro em Kwanza, como haviam acertado.
“Lamentavelmente a pessoa não conseguiu fazer o movimento hoje…”, lê-se numa das mensagens enviadas pelo advogado, informando que entregaria na mesma semana, depois, alterou a data e foram promessas, atrás de promessas.
As constantes adiações, foram levantando suspeitas de que se tratava de uma burla, mas Victor Cézar Paixão, continuava esperançoso, cumprindo o velho adágio, “a esperança é a última coisa a morrer”.
Passaram-se vários meses, numa primeira fase o também Escritor, ainda atendia as chamadas e respondia as missivas, prometendo que dada a demora, o mesmo pagaria a dívida, o que não ocorreu até ao momento (24 de Junho).
Com juros, actualmente o Advogado terá de devolver 5 mil Euros, equivalente em Kwanza, em seis milhões e duzentos e Cinquenta mil.
Com tristeza, não vê quando terá acesso aos valores, nem imagina onde esteja a pessoa com quem fez o negócio.
“Várias vezes deixei a família a mesa para ir ter com ele e resolver assuntos de negócios do género”, recordou o interlocutor, que lamenta a forma como terminou a ligação entre ambos.
Victor Paixão, que diz estar a sofrer pressão dos sócios, descobriu posteriormente de seus amigos em Portugal, que não é a primeira vez que o nome do advogado é envolvido em histórias desta natureza.
“Eu fui mais uma das vítimas”, exclamou!
Há mais de cinco anos neste negócio, é a primeira vez que vive uma situação desta natureza, por isso, arrependido, exorta aos colegas maior cautela e espera que antes de enviarem a moeda estrangeira, não importa quem seja, que o façam depois de receberem os valores em Kwanza.
“Procurem sempre saber quem é o cliente final”, acresceu o cidadão que diz ser vítima de burla s reconhece ter ganho lição de vida.
De modo a obtermos o contraditório, ligamos ao Advogado e Escritor Lazarino Poulson, via WhatsApp, pois, está a utilizar um número com código de Portugal, mas sem êxito.
Até ao fecho desta matéria, não obtivemos resposta da mensagem enviada ao acusado, no dia 19 de Junho, a pesar de ter visualizado.
Jornal O Crime
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