A CRISE DE LEGITIMIDADE DE JOÃO LOURENÇO: O MPLA À BEIRA DE UMA MUDANÇA NECESSÁRIA



Em um cenário de crescente tensão e incerteza, João Lourenço enfrenta um momento crítico dentro do MPLA. A cada novo dia, sua legitimidade é questionada por aqueles que um dia o apoiaram. A liderança de João Lourenço, marcada por uma campanha agressiva contra a corrupção de forma selectiva, levou a um clima de ressentimento e desejo de vingança entre muitos membros do partido. Estes veem no próximo Congresso uma oportunidade para destituí-lo tanto da presidência do MPLA quanto da Presidência da República.

Os resultados das eleições de 2022, ainda que contestados por alegações de fraude, indicam um fortalecimento significativo da UNITA, especialmente em regiões estratégicas como Cabinda, Zaire e Luanda. Este crescimento oposicionista reflete um declínio histórico do MPLA sob a liderança de João Lourenço, que obteve os piores resultados eleitorais da história do partido. Adalberto Costa Júnior, da UNITA, tem se mostrado um adversário formidável, conseguindo superar marcas históricas nas urnas.

A tentativa de João Lourenço de usar o aparato estatal, incluindo instituições como a Casa Militar, Tribunal Constitucional, Comissão Nacional Eleitoral, o SINSE, as Forças Armadas, a Polícia Nacional, os órgãos de Comunicação Social entre outros, para enfraquecer a UNITA não tem surtido efeito. Essa estratégia não apenas falhou em reduzir a força da oposição, como também tem gerado desconforto dentro do próprio MPLA. Muitos membros do partido, após 49 anos no poder, agora desejam uma reconciliação com os adversários políticos e uma verdadeira democratização do Estado angolano.



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A insatisfação interna com a liderança de João Lourenço é evidente. Suas propostas de criação de mais municípios e províncias, assim como a divisão da capital, foram mal recebidas. A insistência em enfraquecer a UNITA é vista como um desperdício de recursos que poderiam ser melhor utilizados para combater a fome, um problema que está fora de controle do governo. O Congresso previsto para dezembro provavelmente será impugnado, uma vez que, segundo os estatutos do MPLA, Lourenço não pode concorrer a outro mandato, e a Constituição não permite que ele continue governando após setembro de 2027.

Em vez de um líder reconciliador, preocupado em deixar um legado positivo para o Estado Democrático e de Direito, o povo angolano vê João Lourenço envolvido em uma crise institucional e dependente de ajustes econômicos do Banco Mundial e do FMI. A mudança, antes desejada apenas pela oposição, agora é uma necessidade reconhecida dentro do próprio MPLA. Para preservar suas conquistas de quase meio século, o partido precisa de uma nova liderança comprometida com o país e com a inclusão na melhor das hipóteses com a alternância política. 

Por Hitler Samussuku

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