Os direitos cívicos e políticos dos angolanos versus os direitos económicos e sociais dos angolanos- Wankana de Oliveira

Hoje infelizmente em Angola, os angolanos pautam-se por debates paupérrimos e alimentados por saudosistas, que ainda sonham em voltar a era do “boom do petróleo e o bilionário empréstimo chinês”.

Não se consegue debater a Angola real de Cabinda ao Cunene, o seu desenvolvimento é só Luanda, Luanda, Luanda.

Hoje, quando se é para referir ao cidadão angolano de facto, à preocupação de toda uma classe é o partido MPLA ou a Oposição vai vencer às eleições! Os acadêmicos, jornalistas, os lideres de opinião, à juventude refém das benesses e miragens de uma boa vida de casas, dinheiro em conta no estrangeiro,viagens para o exterior e depois fotografias e fotografias, perdem-se nos debates deixando para trás o que de facto pode ajudar o desenvolvimento de Angola. Debater não só os direitos políticos e cívicos como os direitos econômicos e sociais.

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O País cor de rosa parece novamente existir, a censura na comunicação social sobre quem detém actualmente o poder econômico e social no nosso País, foi acionada e o festival de discursos de esperança, crise, COVID-19, vai alegrando a pequena elite que com especialistas em matérias de transporte público, vão dando sinais de que nada mudou e o banquete tem novos actores.

A classe econômica, parece estar presa a pactos que continuam a deixar os angolanos e Angola à margem do desenvolvimento econômico e social.

Angola já não pode ser laboratório de experiências, jurídicas, económicas, políticas, ( é muito lançamento da primeira pedra em vários sectores que devem impactar na vida do Angolano.)

O sentimento de pertença, do nosso País por parte de uma pequena elite que ao que parece aguardam orgulhosamente o Dezembro extraordinário, é mais uma vez a demonstração de que não se aprendeu com os erros do passado.

A verdade é que os angolanos continuam a ver os seus direitos econômicos e sociais adiados e a vaidade caminhando triunfante na nova pequena elite.

Enquanto os egoistas, os nepotistas, e os cegos-surdos por sua escolha vão fazendo o seu trabalho, a reflexão de alguns pontos de vista no domínio econômico e social dos angolanos em Angola, deve fazer parte das nossas agendas.

*W.O*

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