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Novo Secretário-Geral da IECA toma Posse no domingo em Meio a Polêmicas Sobre fraude na Eleição



No próximo domingo, 30 de junho, Luciano Chianeque será empossado como o novo Secretário-Geral da Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA). No entanto, a sua eleição tem gerado um intenso debate dentro da comunidade religiosa, aumentando a divisão entre os membros da igreja.

Resultado da Eleição e Polêmicas

A eleição, que contou com quatro candidatos, resultou na seguinte distribuição de votos:

Luciano Chianeque: 92 votos

Abias Cauto: 83 votos

Américo Cassiquissa: 15 votos

Azevedo Bango: 8 votos

Apesar de Luciano Chianeque ter obtido o maior número de votos, um grupo de membros da igreja argumenta que a eleição deveria ter uma segunda volta entre Chianeque e o segundo candidato mais votado, Abias Cauto, para que o vencedor obtivesse a maioria absoluta (50%+1) dos votos. Este grupo considera que a eleição não foi justa e que o processo foi conduzido de maneira que não reflete a verdadeira vontade dos membros da igreja.



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Por outro lado, outro grupo de membros defende que a eleição foi conduzida de acordo com os estatutos da IECA, que não exigem uma maioria absoluta para a eleição do Secretário-Geral, mas apenas uma maioria simples dos votos dos presentes na Assembleia Geral. Este grupo acredita que Luciano Chianeque foi eleito legitimamente e que não há necessidade de uma segunda volta.

Divisão na Igreja

A polêmica eleição de Chianeque exacerbou um clima já tenso de divisão dentro da IECA. Recentemente, a igreja tem sido palco de debates acalorados sobre a possível adesão à United Congregational Church of Southern Africa (UCCSA). Este projeto, segundo informações divulgadas pelo site Lil Pasta News, tem causado fricções porque o contrato de adesão obriga a IECA a entregar todo o seu patrimônio e mudar sua identidade institucional. Dito de outro modo: a IECA deixaria de existir. Esse fator tem sido um ponto de grande controvérsia, com líderes e membros acusando um pequeno grupo de querer a UCCSA por conta de interesses pessoais.

Histórico de Luciano Chianeque

Pouco se sabe sobre os pontos de vista de Luciano Chianeque, pois ele não é uma figura frequentemente publicada. No entanto, é conhecido que ele é pastor há mais de três décadas e possui um histórico de militância na Juventude do Movimento Popular de Libertação de Angola (JMPLA), além de ter servido nas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA). Chianeque é teólogo e professor de teologia na Universidade Católica de Angola, o que adiciona uma camada de respeito e credibilidade à sua nomeação, pelo menos entre alguns dos membros da comunidade religiosa.

Impacto na Comunidade e Relações Políticas

A IECA tem um impacto significativo na esfera pública angolana, especialmente através de suas escolas missionárias, que formaram muitos quadros influentes no país. Historicamente, a IECA tem sido associada à UNITA porque grande parte da elite da UNITA foi formada nas escolas da IECA. O próprio fundador da UNITA, Jonas Savimbi, filho de pastor da IECA, foi formado nas escolas da IECA e depois recebeu uma bolsa de missionários americanos para continuar seus estudos no exterior. Durante anos, essa associação resultou na perda de patrimônio da IECA em cidades controladas pelo MPLA durante a guerra civil angolana. Mesmo depois da guerra, o governo do MPLA continuou a olhar para a IECA com desconfiança e para controla.la, infiltrou muitos agentes da segurança em vários níveis da liderança, incluindo como pastores. A última liderança da IECA, que agora cessa funções, trabalhou intensamente para restabelecer os contatos com o governo do MPLA, que financiou uma universidade na Missão do Dondi, na área rural de Cachiungo, na província do Huambo, avaliada em cerca de 10 bilhões de kwanzas. Esse financiamento é visto como um voto de confiança e de que o governo já não olha para a IECA como igreja da UNITA.

Clima de Divisão

A posse de Luciano Chianeque no domingo será um momento crucial para a IECA, pois poderá determinar o rumo futuro da igreja em meio a essas tensões internas. Resta saber se ele conseguirá unir o seu grupo pro UCCSA ao movimento que se opõe e ameaça divisão e liderar a IECA para uma nova fase de crescimento e estabilidade, devolvendo a mística de igreja que mais quadros formou no país. Vozes internas dizem que a tarefa de Chianeque não será fácil, mas sua experiência e formação poderão ser fundamentais para navegar por essas águas turbulentas e manter a IECA una e indivisível.


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